“Buscai no livro de Iahweh e lede: nenhum deles faltará, nenhum deles ficará sem o seu companheiro, porque assim ordenou a sua boca; o seu espírito os ajuntou.” (Isaías 34:16 – Bíblia de Jerusalém)
O Iahweh Todo-Poderoso se desvenda pela História através de suas obras, isto é, da criação:
“Os céus contam a glória de Deus, e o firmamento proclama a obra de suas mãos O dia entrega a mensagem a outro dia e a noite a faz conhecer a outra noite. “(Salmos 19(18):2-3 – Bíblia de Jerusalém)
“Sua realidade invisível — seu eterno poder e sua divindade — tornou-se inteligível, desde a criação do mundo, através das criaturas, de sorte que não têm desculpa.” (Romanos 1:20 – Bíblia de Jerusalém)
Contudo, na sua Santa Palavra temos uma revelação especial e muito maior. Deus se manifesta em uma dupla revelação: a) na Bíblia, que é a Palavra de Deus Escrita; e, b) em Cristo, que é a Palavra de Deus viva:
“No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, ele estava com Deus. “(João 1:1-2 – Bíblia de Jerusalém).
Esta dupla revelação é especial, porque se tornou necessária para que o homem conheça a Deus, e busque o ideal Divino para sua vida. A natureza revela naturalmente o Criador, e sua Palavra revela os desígnios do Criador. A Confissão de fé de Westminster se manifesta da seguinte forma:
“Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.” (Confissão de Fé de Westminster – Capítulo 1 – Da Escritura Sagrada, Parágrafo 1)
Isso nos diz que o Senhor em seu Onisciente conhecimento aprouve revelar seus planos salvíficos por meio da Bíblia. E, assim ele declarou por meio do profeta Isaías quando disse: “Buscai no livro de Iahweh e lede: nenhum deles faltará...” Isso significa que todo o padrão, norma e procedimento que o homem deve ter para com Deus, está revelado no Livro de Iahweh, a saber, a Bíblia.
Todos nós estamos sujeitos a leis civis. Somos todos submissos aos decretos da Constituição Federal, o Código Civil, as Consolidações das Leis do Trabalho, etc. Devemos segui-los para com isso nos enquadrarmos nos parâmetros da lei. Quando deixamos de seguir a lei, estamos sendo infligidores dela, delituosos, andamos fora dos seus ditames.
Estas leis são externas a nós. Foram criadas para que tenhamos uma conduta social, ética, e civil padrão ante a sociedade. Qualquer que seja a autoridade, pessoa o grupo não pode denegri-la com seus atos; perpetrar algo que as contradiga; nem mesmo estar acima delas.
A Bíblia é assim. Uma norma criada por Deus para que andemos e sejamos perfeitos em toda boa obra:
“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:16-17 – Bíblia de Jerusalém)
Quando deixamos de ter a Bíblia como o nosso padrão de fé, moral e costumes; quando equiparamos um grupo, alguma norma ou pessoa acima dela, pecamos grandemente e estamos caminhando para condutas erradas.
Da mesma forma que um magistrado, juiz, desembargador ou qualquer autoridade, seja civil, judiciária ou militar, não estão acima das leis, assim também são as autoridades eclesiásticas, igrejas ou teólogos. Ninguém está acima da Bíblia! Ela é a lei do cristão!
Grupos que se colocam acima das Escrituras, ou alegam deter poder sobre ela, certamente estão sendo sublevados por soberba e querem deter poder sobre uma grande massa. Querem manobrá-la; querem criar doutrinas segundo seus preceitos e não segundo a Revelação de Deus.
O Catolicismo Romano insiste em pôr sua tradição em igualdade coma Bíblia. Diz até mesmo que é a compiladora, autora, conservadora, estando a igreja acima da Bíblia. Então qualquer ditame que criarem, mesmo que contrariem a Bíblia, este estará certo e a Palavra de Deus errada. E é maior até mesmo que Deus e sua Palavra, pois a Escritura diz:
“Ora, é fora de dúvida que o inferior é abençoado pelo superior.” (Hebreus 7:7 – Bíblia de Jerusalém)
Sinceramente esse procedimento de está acima da Bíblia, foi a margem para que no decorrer dos tempos, essa instituição religiosa adicionasse várias doutrinas que não estão registradas na Escritura. Elas só podem ser defendidas em nome dessa suposta autoridade (Tradição), ou se tomarem textos isolados dos contextos, enxertando com isso uma ideia pré-formulada a Escritura. Em nome dessas “tradições” o Romanismo adicionou alguns elementos estranhos ao Cristianismo Bíblico e desconhecido pelos primeiros cristãos:
Ano 310 Reza pelos defuntos.
Ano 320 Uso de velas.
Ano 375 Culto dos Santos.
Ano 394 Instituição da Missa.
Ano 431 Culto à virgem Maria.
Ano 503 Doutrinado Purgatório.
Ano 606 Bonifácio III se declara Bispo Universal “Papa”.
Ano 709 Obrigatoriedade de beijar os pés do Bispo Universal ou Papa.
Ano 754 Doutrina do poder Temporal da Igreja.
Ano 783 Adoração das imagens e relíquias.
Ano 850 Uso da água benta.
Ano 890 Culto a São José (Protodolia).
Ano 993 Canonização dos Santos.
Ano 1003 Instituição das festas dos Fiéis Defuntos
Ano 1074 Celibato Sacerdotal.
Ano 1076 Dogma da Infalibilidade da Igreja.
Ano 1090 Invenção do Rosário.
Ano 1184 Instituição da Santa Inquisição.
Ano 1200 O pão na comunhão foi substituído pela hóstia.
Ano 1215 Criou se a confissão auricular.
Ano 1215 Dogma da Transubstanciação.
Ano 1220 Adoração da hóstia.
Ano 1229 Proibição da leitura da Bíblia.
Ano 1245 Uso das campainhas na missa.
Ano 1316 Instituição da reza da “Ave Maria”.
Ano 1415 Eliminação do vinho na comunhão.
Ano 1546 Doutrina que equipara a tradição com a Bíblia.
Ano 1546 Introdução dos livros Apócrifos.
Ano 1600 Invenção do escapulário¬ - Bentinhos.
Ano 1854 Dogma da Imaculada Concepção de Maria.
Ano 1864 Condenação da separação da Igreja do Estado.
Ano 1870 Dogma da Infalibilidade Papal.
Ano 1908 Pio X anula qualquer matrimônio efetuado sem sacerdote romano.
Ano 1950 Dogma da “Presença Real de Maria no céu” (Assunção de Maria).
É por esses procedimentos que Deus determina em sua Revelação:
“Não ir além do que está escrito e ninguém se ensoberbeça, tomando o partido de um contra o outro.” (1 Coríntios 4:4 – Bíblia de Jerusalém)
A Palavra de Deus é suficiente para nós. Devemos nos basear, buscar orientação doutrinária e ética somente nela, em seus exemplos e ensinamentos. Da mesma forma que alguém é criminoso perante a lei civil quando deixa de seguir seus decretos, é infligidor dos desígnios de Deus quando deixa de seguir a Bíblia.
Dos muitos versos registrados como normativa para a humanidade seguir unicamente as Páginas Sagradas, estas palavras do Senhor Jesus são enfaticamente esclarecedoras de tal modo que são elas que farão o epílogo deste pequeno texto:
“O céu e a terra passarão; minhas palavras, porém, não passarão.” (Lucas 21:33 – Bíblia de Jerusalém)
Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)
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