sexta-feira, 21 de agosto de 2015

IAHWEH E BUDA


Jacó disse à sua família e a todos os que estavam com ele: "Lançai fora os deuses estrangeiros que estão no meio de vós, purificai-vos e mudai vossas roupas.” (Gênesis 35:2 – Bíblia de Jerusalém)

A Bíblia é uma obra que se destaca pelo monoteísmo, e por sua exclusividade com relação a Deus. Ela conclama em praticamente todos os livros a fidelidade única a Iahweh e sua incomparabilidade com o conceito de “deus” que as outras nações e religiões possuem.

Vemos isso desde os primórdios Bíblicos. E, o texto de Gênesis já descarta qualquer impressão de que o culto patriarcal era livre e fácil. Nos mostra que sua composição apresenta os componentes estruturais da lei do Sinai em seu apelo para uma lealdade única, para a pureza cerimonial, e para a renúncia da magia, idolatria, superstições, etc. 

Os pronunciamentos e práticas do Catolicismo Romano fogem totalmente das características de uma religião que cultua o Deus Bíblico. No concílio Vaticano II é declarado uma falsa atribuição de Deus as religiões não cristãs, de uma fé ao Deus Bíblico semelhante à Católica. Isso é estranho segundo a Bíblia. Totalmente heterodoxo ao ensino do genuíno Cristianismo: 

Se, porém, com as palavras «autonomia das realidades temporais» se entende que as criaturas não dependem de Deus e que o homem pode usar delas sem as ordenar ao Criador, ninguém que acredite em Deus deixa de ver a falsidade de tais acertos. Pois, sem o Criador, a criatura não subsiste. De resto, todos os crentes, de qualquer religião, sempre souberam ouvir a sua voz e manifestação na linguagem das criaturas. Antes, se se esquece de Deus, a própria criatura se obscurece.” (Gaudium et Spes, Parágrafo 36 [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19651207_gaudium-et-spes_po.html])

Essa atribuição é totalmente errônea, pois o Budismo não considera um Deus pessoal e Criador, mas sim uma força impessoal que está permeada em toda criação. Esse é o conceito de “deus” no Budismo.

Veja essa declaração do Papa João Paulo II sobre o Budismo e outras religiões: 

Eu escrevi recentemente aos bispos da Ásia: "Embora a Igreja de bom grado reconheça tudo o que é verdadeiro e santo nas tradições religiosas do budismo, hinduísmo e islamismo - reflexos daquela verdade que ilumina todos os homens, ainda em seu dever e determinação de proclamar sem hesitações Jesus Cristo, que é "o caminho, a verdade e a vida”... O fato de que os seguidores de outras religiões podem receber a graça de Deus e ser salvo por Cristo, independentemente dos meios ordinários que ele estabeleceu, não remove a chamada à fé e batismo que Deus quer para todos os povos." (Carta Encíclica Redemptoris Missio, Parágrafo 55 [http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_07121990_redemptoris-missio_sp.html])

Isso deixa latente que a única coisa que os budistas e seguidores de outras religiões devem fazer é se batizar. Pois o texto do documento expressa que: “O fato de que os seguidores de outras religiões podem receber a graça de Deus e ser salvo por Cristo, independentemente dos meios ordinários que ele estabeleceu...”  Mostra que a graça de Deus já os alcançaram independente de que credo abracem

O Catolicismo Romano “de bom grado reconhece tudo o que é verdadeiro e santo nas tradições religiosas do budismo, hinduísmo e islamismo - reflexos daquela verdade que ilumina todos os homens...”. Isso não nos deixa dúvidas que todas essas religiões (para o Romanismo) possuem a verdade revelada. Então tais poderão ser salvos. 

Para entendermos um pouco sobre a diferença entre o Budismo e o Cristianismo vamos analisar rapidamente alguns pontos.

O QUE É O BUDISMO?

É um sistema ético, religioso e filosófico fundado pelo príncipe hindu Sidarta Gautama (563-483 a.C.), ou Buda, por volta do século VI a.C. O relato da vida de Buda está cheia de fatos reais e lendas, as quais são difíceis de serem distinguidas historicamente entre si.

O príncipe Sidarta nasceu na cidade de Lumbini, em um clã de nobres e viveu nas montanhas do Himalaia, entre Índia e Nepal. Seu pai era um regente e sua mãe, Maya, morreu quando este tinha uma semana de vida. Apesar de viver confinado dentro de um palácio, Sidarta se casou aos 16 anos com a princesa Yasodharma e teve um filho, o qual o chamou de Rahula.

COMO NASCEU O BUDISMO?

Aos 29 anos, Sidarta Gautama resolveu sair de casa, e chocado com a doença, com a velhice e a com morte, partiu em busca de uma resposta para o sofrimento humano. Juntou-se a um grupo de ascetas e passou seis anos jejuando e meditando. Durante muitos dias, sua única refeição era um grão de arroz por dia. Após esse período, cansado dos ensinos do Hinduísmo e sem encontrar as respostas que procurava, separou-se do grupo. Depois de sete dias sentado debaixo de uma figueira, diz ele ter conseguido a iluminação, a revelação das Quatro Verdades. Ao relatar sua experiência, seus cinco amigos o denominaram de Buda (iluminado, em sânscrito) e assim passou a pregar sua doutrina pela Índia. Todos aqueles que estavam decepcionados pela crença hindu, principalmente os de casta baixa e os sem castas, deram ouvido a esta nova faceta de Satanás. Como todos os outros fundadores religiosos, Buda foi deificado pelos seus discípulos, após sua morte com 80 anos.

Principais Ensinos Teológicos do Budismo

Sobre a divindade: não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do sofrimento é uma refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados necessitam seguir seus próprios caminhos espirituais e transcendentais.

Antropologia: o homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária.

Salvação: as forças do universo procurarão meios para que todos os homens sejam iluminados (salvos).

A alma do homem: a reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se caracteriza em transições. Todas as criaturas são ficções.

O caminho: o impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se combater a ignorância lendo e estudando.

Posição ética: existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo:

proibição de matar 
proibição de roubar 
proibição de ter relações sexuais ilícitas 
proibição do falso testemunho 
proibição do uso de drogas e álcool

Com exceção aos princípio éticos vemos que há uma diferença astronômica nos conceitos Budistas e Cristãos. Não existe compatibilidade entre as religiões. Mas, mesmo assim vejamos como o Concílio Vaticano II se refere a essa religião:

Desde os tempos mais remotos até aos nossos dias, encontra-se nos diversos povos certa percepção daquela força oculta presente no curso das coisas e acontecimentos humanos; encontra-se por vezes até o conhecimento da divindade suprema ou mesmo de Deus Pai. Percepção e conhecimento esses que penetram as suas vidas de profundo sentido religioso. Por sua vez, as religiões ligadas ao progresso da cultura, procuram responder às mesmas questões com noções mais apuradas e uma linguagem mais elaborada” (Nostra Aetate, Parágrafo 2  [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html])

Essa imputação é surpreendente e totalmente heterodoxa ao Cristianismo genuíno. Não há um certificado de verdade e de santidade a todas as religiões não cristãs. Elas são tão-somente o fruto do espírito humano (e muitas vezes satânicos) e, por isso, não resgatam nem salvam ninguém, pois, não possuem a verdade revelada em Jesus Cristo. 

O mesmo parágrafo prossegue: “No budismo, segundo as suas várias formas, reconhece-se a radical insuficiência deste mundo mutável, e propõe-se o caminho pelo qual os homens, com espírito devoto e confiante, possam alcançar o estado de libertação perfeita ou atingir, pelos próprios esforços ou ajudados do alto a suprema iluminação. De igual modo, as outras religiões que existem no mundo procuram de vários modos irem ao encontro das inquietações do coração humano, propondo caminhos, isto é, doutrinas e normas de vida e também ritos sagrados.” (Nostra Aetate, Parágrafo 2  [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html])

É pior do que se imagina! O Catolicismo Romano não promove a obra missionária, mas sim a obra ecumênica. Ela vai se adaptando aos parâmetros religiosos dos outros povos, tal como fez no decorrer de sua história. 

O budismo não pode “propor o caminho pelo qual os homens, com espírito devoto e confiante, possam alcançar o estado de libertação.” Esse caminho só pode ser encontrado pelo Cristianismo:

Diz-lhe Jesus: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim. Se me conheceis, também conhecereis a meu Pai. Desde agora o conheceis e o vistes" (João 14:6-7 – Bíblia de Jerusalém)

Jesus cristo é o caminho que o Catolicismo Romano atribui a doutrina Budista. Fora dele não tem como se conhecer Deus. O budismo não crê na Personalidade do Criador, em seus atributos como Pessoa. Seguem o Panteísmo (Deus está em tudo e tudo é Deus). E, assim é a maior parte das religiões Orientais e as seitas da Nova Era, muito promovidas no Brasil em nossos dias. 

Mas o parágrafo não termina por aí. Há mais declarações do Catolicismo totalmente conflitantes com a sã doutrina cristã: 

A Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela própria segue e propõe, todavia, refletem não raramente um raio da verdade que ilumina todos os homens. No entanto, ela anuncia, e tem mesmo obrigação de anunciar incessantemente Cristo, «caminho, verdade e vida» (Jo. 14,6), em quem os homens encontram a plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou consigo todas as coisas." (Nostra Aetate, Parágrafo 2  [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html])

É fulgente o extenso contrassenso, tanto Bíblico, quanto dentro da própria teologia Católica. Olhar com imenso respeito para qualquer pessoa é o que uma Igreja Cristã deve fazer, e assim todo cristão; porém, estas religiões “se afastam em muitos pontos” do ensino da Igreja Católica, como podem “refletir não raramente um raio da verdade que ilumina todos os homens”? Isto significa que para o Concilio, a verdade “que ilumina todos os homens” pode ser originada por códigos e ensinos desiguais “em muitos pontos”, do ensinamento da Igreja! Será mesmo que o Espírito Santo guia todo o procedimento do clero Romanista? 

As discrepâncias doutrinárias não terminam por aqui. Os ensinos subsequentes ao Concílio sempre enalteceram o Budismo e parecem apoiar claramente o modo de vida desses religiosos sem Cristo. Vejam a declaração de Paulo VI a um grupo de líderes budistas, em 15 de Junho de 1977: 

É com calorosa afeição que damos as boas vindas ao distinto grupo de líderes budistas do Japão. O Concílio Vaticano II declarou que a Igreja Católica encara com sincero respeito o vosso modo de vida … Nesta ocasião, compraz-nos recordar as palavras de São João: ‘Ora o mundo passa, e também a sua concupiscência, mas o que faz a vontade de Deus permanece eternamente." ( L’Osservatore Romano, ed. inglesa, 23 de Junho de 1977, página 5) 

O Papa primeiro diz que a Igreja Católica vê com sincero respeito o modo de vida budista. Sim respeito é uma coisa, concordar é outra completamente diferente. Eles seguem ensinos heterodoxos. Depois o Papa diz que, nesta ocasião, lhe compraz recordar as palavras de São João: “o que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” A sua intenção é claramente dizer que os budistas fazem a vontade de Deus e viverão para sempre; ou seja, eles se salvarão.  Isto é totalmente anticristão.

CONSIDERAÇÃO DO EXPOSTO

O Budismo é uma religião tão diferente do Cristianismo quanto à água é do vinho. Conceitos como a Personalidade de Deus, de um Deus Trino, da Pessoa de Jesus e do Espírito Santo não encontram amparo em suas doutrinas. Conceitos de antropologia Bíblica (estudo do homem da perspectiva da Escritura), do pecado, do céu e do inferno e principalmente da salvação, são diametralmente opostos a Palavra de Deus.

O Budismo é uma religião falsa e pagã que ensina a crença na reencarnação e o Karma. A mesma crê que a vida  não vale a pena ser vivida, e que toda forma de existência consciente é má. Os budistas adoram a criação, pois creem que Deus emana nelas. Trata-se de uma religião falsa. Mas  o pensamento do Catolicismo sobre a tal é que eles também “possuem a verdade que ilumina a todos os homens.

Porém o ensino Bíblico é diferente. Não há luz fora do Nosso Senhor Jesus e tudo que está fora dele, encontra-se em trevas:

De novo, Jesus lhes falava: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12 – Bíblia de Jerusalém)

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)

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