quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A COSMOVISÃO ERRÔNEA DO MUNDO PÓS-MODERNO


"E conhecereis a Verdade e a verdade vos libertará" (Jesus de Nazaré)

Hoje, em nossos dias somos muito ouvintes das expressões "tudo é relativo", “isso é a sua verdade” e outras similares. As pessoas que simplesmente não analisam as implicações dessas expressões querem que a ponhamos em prática. A mídia com sua grande influência em massa (principalmente televisiva), a todo o momento traz esta ideia a tona. Podemos ver isso analisando o parâmetro sincrético que lidam principalmente quando se trata de mudança de valores e Religião. Apresentam várias religiões do mundo como "Coexistentes"; religiões que contêm afirmações de “verdades” completamente contraditórias. 

No passado, muitas vezes fui dominado por tal pensamento (na verdade todas às vezes). Ideia essa que permeia o mundo atual. Recebemos o que nos é passado por gerações sem ponderar. O mundo pós-moderno é extremamente receptivo a diversas ideologias, mas avalia-las já são “outros quinhentos”. Infelizmente, o pensamento desleixado domina nossa cultura hoje e não é brincadeira. As ideias têm consequências enormes! O que pensamos e como pensamos um assunto nos levará a pô-lo em prática, isso permeará a nossa cosmovisão (maneira de ver o mundo). A ideia da verdade absoluta, sem dúvidas é contrária ao que muitas pessoas acreditam em nossos dias. Por isso ouvem-se constantemente  tais afirmações como axiomas:

1) "Isso é verdade para você, mas não para mim.”.
2) "Toda a verdade é relativa. Ninguém tem a verdade. “. 
3) "A verdade é relativa à própria cultura.”. 
4) "Quem é você para julgar?”. 
5) "Quem é você para dizer que sua religião é certa e todas as outras estão erradas?”. 
6) "Por que você está sendo intolerante com as crenças de outra pessoa?”.

Quero apresentar uma resposta ao   o relativismo pós-moderno  em suas várias formas; ou seja, uma análise da crença de que não existe tal coisa como verdade absoluta. Vamos a quatro perguntas de vital importância:

1) Será que o relativismo é autocontraditório? 
2) Será que as leis da lógica se aplicam a toda a realidade? 
3) Toda a filosofia começa com a dúvida?  
4) É impossível transmitir a verdade na realidade?

RESPONDENDO AS QUESTÕES

O RELATIVISMO É CONTRADITÓRIO? 

Digo em verdade que sim! Se alguém arranja uma afirmativa que é autocontraditória, isso facilmente denota que tal afirmação não pode ser logicamente verdadeira. Ela não pode ser ambos (verdadeira e falsa). Se “A” é igual a “B”, “B” pode ser substituído por “A”; mas se “A” for diferente de “B”, “B” nunca poderá ser o mesmo que “A”. “A” e “B” não poderão ser e não ser ao mesmo tempo e no mesmo sentido. Não há meio termo. Isto vem de uma lei na lógica chamada de "lei da não contradição”. 

Uma declaração contraditória seria "Tudo é relativo”. Obviamente, essa afirmação é falsa porque eu acabei de dizer que o relativismo é uma verdade única. Se eu tiver certeza de tal assertiva, isso significa que tal é absoluta! 

Outras declarações como "a verdade não existe" ou "o relativismo é verdade para todos" não podem ser verdadeiras, porque se elas são verdadeiras, então elas são falsas! Estranho isso não? Elas são afirmações contraditórias. A maioria dos relativistas acredita que o relativismo é verdadeiro para todos, exceto eles. Mas, mais uma vez, se for verdade, então é uma afirmação falaciosa.

Resumindo, as vindicações do relativismo são contraditórias por não terem sustentações lógicas e absolutas. Devem ser rejeitadas por razões coerentes. A verdade é que o que corresponde ao real! A realidade! 2+2 sempre será 4; O coração sempre bombeará o sangue do corpo, nunca o estômago; ser honesto sempre será a alternativa moral aplicada a alguém de bem, nunca ao contrário.

Uma boa maneira de testar afirmações ou declarações é transformar a declaração sobre si mesmo: 

"Toda a verdade é relativa."  Isso é verdade? 

"Você não deve julgar as pessoas!" "Você está sendo intolerante!"  Isso foi um julgamento que você acabou de fazer? Você estava sendo tolerante com meu ponto de vista?

Pergunta real: Devo questionar essa afirmação, então? Claro que sim!

SERÁ QUE PODEMOS FAZER AS LEIS DA LÓGICA TER APLICAÇÃO NO QUE É REAL?

Mais um aspecto da lei da não contradição é algo chamado de Lei da Identidade. Ou seja... Dito de outra forma, tudo o que é real é real ou, o que não é real, não é real (o exemplo de identidade acima em "A" e "B"). Este parece ser o senso comum, e é! As leis da lógica não foram inventadas, eles foram descobertas! Elas são universais (que se aplicam a toda à realidade); elas são atemporais (elas são verdadeiras, não importa em que século é), elas são imutáveis e elas estão certas (como o exemplo matemático que citei 2 + 2 = 4 sempre!).

A conjectura basal aqui é que tudo o que é real é lógico, então a resposta é sim, as leis da lógica se justapõem a todo o fato (o que for real!). Se for real, então as leis da lógica se aplicam a ela e nos ajudam a descobri-la.

TODA FILOSOFIA COMEÇA COM A DÚVIDA?

Alguns dos mais eminentes pensadores que já existiram (Sócrates e Descartes) começaram com a imprecisão, então isto significa que o ceticismo e a dúvida são os melhores lugares para descobrir o conhecimento da verdade?

Conquanto consistiu-se em verdade que Sócrates usou seu famoso método de "questionamento", ele jamais perpetrou dúvida sistemática universal como fez Descartes. Se praticado dúvida universal sobre tudo (como fez Descartes em seu "Discurso do Método".), Então por que nós não duvidamos de nossas dúvidas? A fim de duvidar que deva haver algo lá para nós duvidarmos dela.

Foi Aristóteles, que disse que a filosofia começa com "o senso de maravilha" - e que todos os homens desejam "saber" e não "duvidar". Todos tem uma cosmovisão. São óculos nos quais vemos o mundo. E, isso permeará nossa maneira de analisar as coisas.

A dúvida Universal só nos deixará tão-somente com ceticismo e é realmente contraditória (Analise o primeiro questionamento novamente).

É IMPOSSÍVEL TRANSMITIR A VERDADE NA REALIDADE?

Nesta pergunta irei transmitir realmente o que é verdade, e o que é a busca pela verdade. Uma das teorias pós-modernas mais prevalentes flutuando  em nossos dias é o “Desconstrucionismo” que essencialmente é expresso da seguinte forma: 

Que as palavras não podem descrever adequadamente a realidade; que as palavras não pretendem mostrar a realidade (coisas reais); que a linguagem está vinculada à própria cultura, raça, etc...; ou que a linguagem (palavras) são usadas apenas para ganhar poder sobre alguma outra pessoa ou grupo.” (A Vontade de Poder - Friedrich Nietzsche).

Mas, este é o ceticismo em sua forma mais extrema. O Ceticismo Básico diz: "Eu não sei a verdade", enquanto “Desconstrucionismo” diz: "Eu não tenho a capacidade de saber a verdade."

Podemos contrapor a esse ceticismo radical (Nihilismo) com algumas observações e críticas. Em primeiro lugar, qualquer filósofo ou de outra forma que escreve livros nos dizendo que a linguagem é inadequada está quebrando as regras da sua própria filosofia! Logo de imediato afirmo que Nietzsche caiu nesse engodo! Por que nós ao lermos; e, por não sermos capaz de confiar no que ele escreveu uma vez que suas palavras não pretende mostrar a realidade? Elas são impostas pela cultura do autor, e são apenas para ganhar poder sobre mim?  Ou será que a única exceção à filosofia do “Desconstrucionismo” são os próprios filósofos desconstrucionistas? 

Simplesmente se aplicarmos seus próprios métodos em sua própria filosofia (e em toda sua literatura), irá se descobrir que é contraditória e, assim sendo, falsa.

Todo discurso racional ou debate deve assumir as leis da lógica (a lei da não contradição e a lei da identidade) e que as palavras podem transmitir a verdade sobre a realidade (o significado). Se abandonarmos esses princípios, ou se negarmos a eles, então não temos nada a falar; não temos nada a debater sobre o assunto. Acabamos de permanecer em silêncio, pois não teremos certeza de nada.

Convivemos em uma tradição cultural, que é altamente cética em relação a quaisquer reivindicações de verdade absoluta seja ela religiosa, filosófica ou de outra configuração. No entanto, essa mesma cultura é hipócrita quando se trata de outros criticando seus próprios pontos de vista acarinhados da tolerância, o relativismo e pluralismo.

Asseverações filosóficas e religiosas (em linguagem escrita ou falada), que afirmam ser verdade estão sujeitos às leis da lógica - e, portanto, crítica. Se alguém não quer ou gosta de seu ponto de vista criticado ou desafiado, então eles não devem fazer declarações que podem ser avaliadas pela razão.

A verdade pode ser conhecida! A verdade deve ser conhecida!  E a verdade sobre a realidade (sobre o que é real), pode-se conhecê-la e pode ser comunicada! É extremamente errôneo cair no engodo falacioso do relativismo, ceticismo, pluralismo e seus derivados. Tornarmo-nos seres impensantes, e seremos apenas massa de manobra daqueles que teorizam tais pensamentos é extremamente perigoso. 

Busque a Verdade Sempre! 

Rômulo Lima 



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