sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O ROMANISMO E O SINCRETISMO


"Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, aos santos que estão em Colossos, e irmãos fiéis em Cristo: a vós graça e paz da parte de Deus, nosso Pai!." (Colossenses 1:1-2 – Bíblia de Jerusalém)

As cartas Paulinas começavam sempre com uma fórmula geral: O envio de saudações aos destinatários. Usando o seu nome romano, Paulo (Saulo) preenchia essa fórmula com significações cristãs, tanto quanto à sua própria descrição, como no tocante ao estilo de sua saudação. Todos os fiéis irmãos para Paulo eram santos. As cartas de Paulo eram endereçadas aos santos de cada cidade, pessoas vivas, membros de cada congregação local.

Santo na igreja apostólica é todo aquele que aceitou a Jesus Cristo mesmo que ainda não tenha alcançado a maturidade espiritual. Na verdadeira igreja de Jesus, os santos não são imagens representativas de supostas pessoas que viveram no passado, os santos são gente de carne e osso como eu e você, que resolvemos viver para a glória de Deus. (Os falecidos são tão-somente os santos que vivem no Céu com o Senhor Jesus). Todos os cristãos são santos, não para sermos cultuados, venerados, adorados, mas para adorar e glorificar "Àquele que é Santo, Santo, Santo." (Isaías 6:3)

Os santos da Igreja Católica Romana têm os NOMES dos santos que amaram e serviram a Deus, porém a maioria tem características dos deuses mitológicos greco-romanos. Vejamos quem realmente são esses supostos santos.

Na Grécia e em Roma eles rezavam para milhares de deuses que possuíam áreas de atuação e dias específicos para serem adorados. Havia um dia do mês que estava sob a proteção de um desses deuses. Um deus para cada problema, para cada profissão, para cada doença. Deus do vento, da tempestade, deus da guerra, deus do fogo, deus dos endividados, deusa do amor e deusa das colheitas; deus do vinho e deus dos padeiros, deus dos marinheiros e deus dos oradores, das fábulas, deus para cada momento e circunstância. Roma pegou emprestado de Babilônia a ideia de deuses intermediadores. 

O panteão babilônico de deuses foi absolvido pelos gregos que subsequentemente também o transferiram aos romanos. Na Roma pagã, esses deuses eram adorados e quando Roma se instituiu como "cristã" aqueles mesmos deuses foram adorados com nomes trocados. As práticas babilônias foram associadas ao culto "cristão".

Quando os pagãos se "convertiam" ao cristianismo, eles possuíam deuses que não quiseram abandonar, então foi muito fácil associar seus deuses a algum personagem cristão que viveu no passado. Assim, os deuses romanos ganharam novos nomes e se tornaram "santos" cultuados e adorados pelos agora, "romanos católicos". 

Os dias reservados para a sua adoração foram preservados. Ora, esses deuses são definidos por Paulo não como aqueles a quem devemos adorar ou invocar, e sim contra os quais devemos lutar e batalhar. Veja:

"Pois o nosso combate não é contra o sangue nem contra a carne, mas contra os Principados, contra as Autoridades, contra os Dominadores deste mundo de trevas, contra os Espíritos do Mal, que povoam as regiões celestiais.” (Efésios 6:12 – Bíblia de Jerusalém)

O sistema católico romano envolveu crenças primitivas de deuses para a adoração de imagens de santos. Baseados em fábulas e em lendas, eles canonizaram milhares de "santos" para serem invocados e mesmo adorados. Os católicos precisam entender que, o paganismo e o cristianismo foram mesclados, os deuses romanos hoje são adorados com nomes de supostos "santos" católicos.

A imagem de Júpiter que era adorada em Roma, agora ganhara o nome de São Pedro (Apenas tiraram o relâmpago de sua mão e colocaram uma chave); as imagens da deusa mãe se tornaram imagens de Maria; a deusa Vitória dos Alpes Baixos é adorada com o nome de Santa Vitória, ou "Nossa" Senhora das Vitórias, que foi homenageada nos arcos do triunfo de Londres e Berlim; Dionísio, deus do vinho, da fertilidade e da colheita foi chamado de São Dionísio; a deusa Brígida cultuada pelos celtas, ancestrais dos irlandeses, foi adorada como Santa Brígida. Brígida chamada de "a deusa" como a única, a dona das palavras e da poesia que se tornou a padroeira da cura e do conhecimento. Ártemis Calistre era o nome da deusa da música. A versão católica da deusa foi chamada de Santa Cecília, a padroeira dos músicos; Sophia a deusa grega da sabedoria foi cristianizada com o nome de Santa Sofia, que para os romanos é "Sapientia" e para os hindus é "Vac", a Mãe dos Vedas. Lucina, deusa da luz e do nascimento se tornou Santa Lúcia.

Santuários pagãos receberam nomes de igrejas com a devoção a algum "santo" específico. Catedrais, capelas e santuários erigidos em homenagem a algum deus romano foram batizados, mascarados com nomes de "santos" católicos.

O paganismo foi absolvido pelo Romanismo, a moderna Babilônia. Quando, no Brasil, os escravos chegaram da África com seus deuses, foram proibidos pelos senhores de engenho de continuar na prática da bruxaria e foram iniciados no catolicismo. Os escravos, porém identificaram traços muito fortes de ligação entre a sua religião e aquela religião do Brasil colonial. Assim eles associaram a sua religião à deles, sincretizaram seus deuses aos nomes dos "santos" católicos, e assim, a Iemanjá se chamou Maria; Ogum, São Jorge; lansã a deusa das tempestades, dos ventos e dos relâmpagos se tornou Santa Bárbara, que em Cuba se chama Olla. No Haiti a mesma chama-se Aido Wedo, e, em Nova Orleans é chamada de Brigitte; Oxalá, o deus supremo dos cultos afros se tornou o "Senhor" do Bonfim; e assim por diante.

Esses pequenos exemplos são as provas de que o Catolicismo Romano é uma religião sincrética. No decorrer da História essa instituição religiosa absorveu mitos, costumes e ritos de culturas de povos pagãos a sua liturgia. Assim ela cresceu em número de adeptos. Agradou a todos – menos os genuinamente cristãos que por sua vez eram minoria. Mas com isso a instituição ganhou força e muita influência. 

Queridos a Bíblia nos exorta a modificar o sistema vigente no mundo, ou seja, devemos levar o Cristianismo Genuíno; e, o Evangelho deve trazer a “novidade de vida” a cada pessoa, não combinar hábitos de outras culturas e “cristianizá-los”. Isso é fusão religiosa! Devemos reformar-nos todos os dias com o Evangelho, não paganizá-lo. A religião romana faz justamente isso, paganiza-o! E no decorrer do tempo mais e mais. Por isso a admoestação divina a Moisés:

Não seguireis os estatutos das nações que eu expulso de diante de vós, pois elas praticaram todas estas coisas e, por isso, me aborreci delas.” (Levítico 20 23 – Bíblia de Jerusalém)

Adaptado da obra: “A Bomba.”

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia E Apologética Aplicada)

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