"E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete." (1 Coríntios 14:27 - Almeida Corrigida e Fiel)
O texto em pauta é muito utilizado para sustentar o dom carismático de falar em línguas estranhas. Porém se ele for analisado a luz de uma exegese genuína, veremos que não dá amparo para tal.
Primeiramente é digno de nota ressaltar que o verbete "desconhecida" não se encontra no original. E, mesmo que se encontrasse, não ampara a ideia de que o idioma é uma língua oculta, misteriosa, angelical; mas, sim tão-somente uma língua que os crentes de Corinto desconheciam. Ex: japonês, mandarim, tupi-guarani, etc.
O texto de 1 Coríntios 14:27 no original seria:
"ειτε (se) γλωσση (em línguas) τις (alguém) λαλει (fala) κατα (por) δυο (dois) η (ou) το (no) πλειστον (máximo) τρεις (três) και (e) ανα (por) μερος (parte) και (e) εις (um) διερμηνευετω (intérprete). (https://www.bibliaonline.com.br/receptus/1co/14/27)
Diante disso a Almeida Revisada grafa:
"Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete." (1 Coríntios 14:27)
A Bíblia de Estudo de Genebra versão Revisada e Ampliada, embora adicionando um equivalente explicativo ao verso, foi muito feliz ao grafar: "No caso de alguém falar em OUTRA LÍNGUA..."
Quando os crentes primitivos falavam em línguas, não era o "labaxúrias" que se vê nos dia de hoje, mas línguas inteligíveis. Idiomas que poderiam ser traduzidos e aprendidos por qualquer pessoa:
"Ora, estavam morando em Jerusalém, judeus, tementes a Deus, vindos de todas as partes do mundo. Ao ouvirem aquele estrondo, ajuntou-se um grande número de pessoas; e ficaram maravilhados, pois cada um ouvia falar em sua própria língua." (Atos 2:5-6)
E é isso...
Em Cristo! ;)
Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)
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