quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O IAHWEH BÍBLICO É O ALÁ DO ALCORÃO?


Assim diz Iahweh, o rei de Israel, Iahweh dos Exércitos, o seu redentor: Eu sou o primeiro e o último, fora de mim não há Deus. Quem é como eu? Que clame, que anuncie, que o declare na minha presença; desde que estabeleci um povo eterno, diga ele o que se passa, e anuncie o que deve acontecer. Não vos apavoreis, não temais; não  vô-lo dei a conhecer há muito tempo e não o anunciei? Vós sois as minhas testemunhas. Porventura existe um Deus fora de mim? Não existe outra Rocha: eu não conheço nenhuma!" (Isaías 44:6-8 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém)

No livro de Isaías, o Senhor Deus, declarou-se de várias formas, mostrando ao profeta sua soberania, sua majestade e poderio único. O Senhor confronta os ídolos. Mostra sua existência sempiterna. Apresenta-se como um Deus zeloso que revelou sua vontade ao povo que elegeu. Deu-se a conhecer em sua mais sublime forma, seus atributos e personalidade. Mostra que a Rocha onde está alicerçada Israel é o grande EU SOU.  Na passagem em estudo como em outras passagens, a profecia é introduzida pela fórmula “Assim diz Iahweh”. Essa declaração se refere à sua fonte divina como garantia de veracidade. Para aumentar a impressão que ela deve causar, o Senhor é chamado ainda de “Rei de Israel” e “Redentor”, e, mais uma vez, de “Iahweh dos Exércitos”. 

Em seguida vem o oráculo propriamente dito. Antes de tudo, temos a declaração solene: “Eu sou o primeiro, eu sou o último”. Esta declaração é verdadeira em relação aos seres criados; como o Deus eterno, Ele os precede a todos, e sobrevive a todos eles. Mas também é verdade no sentido de que antes dEle não houve nenhum outro deus, nem haverá outro depois dEle. Desta forma, Ele é o único Deus. Esta verdade é repetida de maneira enfática e sucinta no pronunciamento “Além de mim não há Deus”.

Tal realidade é confirmada também na passagem onde se declara: “Quem é como eu? Que clame, que anuncie, que o declare na minha presença...” Isso nos mostra que só o Senhor opera na história e, quanto a este conceito, prediz as coisas que estão por vir. Ele pergunta: “Quem é como eu... desde que estabeleci o povo eterno?” Este “povo eterno” é o povo da Aliança (de ambos os Testamentos). Desde a época em que Ele “estabelecera” a raça humana, o Senhor Se revelara como um Deus em palavras e em atos. Nenhum ídolo pode declarar nada com isto nem proclamar ou “expor perante” o Senhor algo semelhante - para provar a sua divindade.

Os deuses-ídolos não se podem referir às obras que realizaram, ou predições que fizeram anteriormente, como o Senhor o fizera, pois Suas predições já haviam tido início no Paraíso. Da mesma forma, eles não são capazes de predizer “coisas futuras”, algo que Iahweh faz constantemente.

Das mais de dez mil (10.000) religiões hoje existentes na Terra, podemos resumi-las em duas distintas: A religião Bíblica e as outras. Como citei acima, conhecemos Deus por seus atributos, suas ações e personalidade. E a Bíblia por sua vez nos apresenta um Deus perfeito, Incomensurável. Algo que as religiões não Bíblicas nunca conseguem e nem conseguirão apresentar.

No Concílio Vaticano II há uma falibilidade imensa com relação ao conceito exposto acima. É um exemplo claro da incapacidade papal e da Igreja Católica Romana de colocar-se como única representante do cristianismo genuíno na Terra. As doutrinas heterodoxas do Concílio inaugurado pelo Papa João XXIII em 11 de outubro de 1962; e, concluído pelo Papa Paulo VI, em 8 de dezembro de 1965, contém em seus documentos, decretos formais de fé e moral (por exemplo: Lumen Gentium, Dei Verbum , Nostra Aetate, etc), que não só contrariam claramente a Escritura Sagrada, mas os dogmas Católicos Romanos anteriores.

Tais leis do Vaticano II foram "infalivelmente" admitidas, sancionadas pelo Papa Paulo VI, que assinou no final de cada documento. Os decretos sobre a fé ou a moral do Vaticano II são, portanto, vinculativos e infalíveis para os católicos, uma vez que foram confirmados por “Sua Santidade”.

A Enciclopédia Católica afirma em seu artigo sobre os Concílios Gerais, como o Concílio Vaticano II,

... ratificação papal que promulga formalmente a sentença do concílio como um artigo de fé para ser conhecido e aceito por todos os fiéis. (...) Os decretos do concílio aprovados pelo papa são infalíveis, por causa daquela aprovação, porque o papa também é infalível sem o apoio de um concílio. (Charles George Herbermann, Enciclopédia Católica: Um Trabalho de referência internacional na Constituição, Doutrina, Disciplina, e História da Igreja Católica , vol. IV, [The Catholic Encyclopedia Inc., 1913], pp. 431, 433.)

Isso também é confirmado pelo doutor e estudioso católico Ludwig Ott:

...As resoluções dos Concílios Gerais são infalíveis. . . A fim de que um concílio seja de um modo geral, é necessário: a) que todos os Bispos dominantes no mundo sejam convidados; b) que na verdade haja muitos bispos de diversos países, para que possam ser considerados como representantes de todo o episcopado; c) que o Papa convoque o Concílio, ou, pelo menos, invista a montagem com a sua autoridade e presida pessoalmente ou por seu representante na reunião, e ratifique as deliberações. A partir das ratificações do Papa, que pode ser explícita ou implícita, as resoluções derivam poder vinculativo legal geral." (Ludwig Ott, Fundamentals of Catholic Dogma , [Tan Books and Publishers, Inc, 1960], p. 300.)  

Foi com essa autoridade que, o Papa Paulo VI, solenemente terminados todos os documentos do Concílio, com as seguintes palavras, provou que as leis do Vaticano II são vinculativas e infalíveis para os católicos. Salientando no início da Carta Apostólica, In Spiritu Sanctu, que esta seria para “Perpétua Memória”:

Assim, pois, com a graça de Deus, estando neste momento terminado tudo quanto diz respeito ao mesmo sagrado Concílio Ecuménico e tendo sido aprovadas por deliberação conciliar e por nós promulgadas todas as constituições, decretos, declarações e votos, com a Nossa autoridade apostólica decidimos e estabelecemos encerrar, para todos os efeitos, o mesmo Concílio Ecuménico, convocado pelo nosso predecessor de feliz memória João XXIII no dia 25 de Dezembro de 1961, inaugurado no dia 11 de Outubro de I962, e por Nós continuado depois da sua piíssima morte. Mandamos também e ordenamos que tudo quanto foi estabelecido conciliarmente seja observado santa e religiosamente por todos os fiéis, para glória de Deus, honra da santa mãe Igreja, tranquilidade e paz de todos os homens.” (Carta Apostólica -  In Spiritu Sancto – Do Papa Paulo VI [http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/apost_letters/documents/hf_p vi_apl_19651208_in-spiritu-sancto_po.html])

No término desta “Carta Apostólica”, o Papa Paulo VI também disse o seguinte: 

Isto sancionamos e estabelecemos, decretando que a presente carta seja e permaneça plenamente firme, válida e eficaz; que tenha e consiga os seus efeitos plenos e íntegros; que seja apoiada por aqueles a quem, agora ou no futuro, diz ou poderá dizer respeito; que assim se deve julgar e definir; e que desde este momento se deve ter como nulo e sem valor tudo quanto se fizer em contrário, por qualquer indivíduo ou autoridade, conscientemente ou por ignorância. Dada em Roma, em S. Pedro, sob o anel do pescador, no dia 8 de Dezembro, festa da Imaculada Conceição da bem-aventurada Virgem Maria, do ano de 1965, terceiro do Nosso Pontificado.” (Carta Apostólica - In Spiritu Sancto – Do Papa Paulo VI [http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/apost_letters/documents/hf_p vi_apl_19651208_in-spiritu-sancto_po.html])

Muitos proeminentes escritores católicos romanos têm afirmado que o Vaticano II é um Concílio infalível de acordo com a doutrina católica. Em seu livro “O Que os Católicos Realmente Acreditam” Karl Keating identificando o Vaticano II como o vigésimo primeiro concílio ecumênico, sendo infalível no que diz respeito aos seus decretos que envolvem fé e à moral:

Houve vinte e um concílios ecumênicos, e a maioria deles emitiram decretos doutrinais ou morais. Esses decretos são infalíveis.” (Karl Keating, What Catholics Really Believe-Setting the Record Straight: 52 Answers to Common Misconceptions About the Catholic Faith , [Ignatius Press, 1995], p. 15)

Expostas essas declarações, se houver heresia sobre fé e moral nos decretos do Vaticano II, “supostamente infalíveis”, isso prova que o Papa Paulo VI era falível, e, errou grandemente ratificando e confirmando doutrinas heterodoxas. Isso é apenas  mais uma prova explícita que a Igreja Católica Romana não é verdadeira e a doutrina da "Infalibilidade Papal" muito menos. É facilmente refutada pela história da instituição. Um amplo exemplo de uma heterodoxia deste Concílio é que, o mesmo, proferiu que os muçulmanos adoram o mesmo Deus, igualmente com os cristãos. No documento do Vaticano II, Nostra Aetate , lemos:

A Igreja olha também com estima para os muçulmanos. Adoram eles o Deus Único, vivo e subsistente, misericordioso e omnipotente, criador do céu e da terra (5), que falou aos homens e a cujos decretos, mesmo ocultos, procuram submeter-se de todo o coração, como a Deus se submeteu Abraão, que a fé islâmica de bom grado evoca.” (Documentos do Vaticano II – Nostra Aetate – Parágrafo 3 [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html])

O “Concílio infalível” diz que os muçulmanos, assim como Abraão, esforçam-se para submeter-se aos decretos de Deus. Como Abraão esforçou-se para se apresentar ao verdadeiro Deus, o Vaticano II está dizendo muçulmanos fazem também. Na Lumen Gentium do Vaticano II também é dito:

"Mas o desígnio da salvação estende-se também àqueles que reconhecem o Criador, entre os quais vêm em primeiro lugar os muçulmanos, que professam seguir a fé de Abraão, e connosco adoram o Deus único e misericordioso, que há de julgar os homens no último dia. E o mesmo Senhor nem sequer está longe daqueles que buscam, na sombra e em imagens, o Deus que ainda desconhecem; já que é Ele quem a todos dá vida, respiração e tudo o mais (cfr. Act. 17, 25-28) e, como Salvador, quer que todos os homens se salvem (cfr. 1 Tim. 2,4)." (Documentos do Vaticano II - Lumen Gentium - Parágrafo 16 [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19641121_lumen-gentium_po.html])  

Sustentando o fato de que estes decretos do Vaticano II “supostamente infalíveis” ensinam erros drásticos ao afirmar que os muçulmanos e os cristãos têm o mesmo Deus, os ensinamentos dos papas seguintes Vaticano II são importantes e merecem consideração. Em primeiro lugar, a citação do Vaticano II - Lumen Gentium - sobre muçulmanos e cristãos supostamente adoradores ao único Deus verdadeiro é diretamente citado como o ensino católico em 1994, no Catecismo da Igreja Católica (parágrafo 841) promulgado e aprovado pelo Papa João Paulo II. Com relação a estes ensinamentos contidos nesse Catecismo, João Paulo II declarou o seguinte em sua Constituição Apostólica Fidei Depositum:

O "Catecismo da Igreja Católica", que aprovei no passado dia 25 de junho e cuja publicação hoje ordeno em virtude da autoridade apostólica, é uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja. Vejo-o como um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé. Sirva ele para a renovação, à qual o Espírito Santo chama incessantemente a Igreja de Deus, Corpo de Cristo, peregrina rumo à luz sem sombras do Reino!" (Constituição Apostólica do Sumo Pontíficie João Paulo II – Fidei Depositum – IV. Valor Doutrinal do Texto [http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_constitutions/documents/hf_jp-ii_apc_19921011_fidei-depositum_po.html].)

Esta afirmação é a posição oficial da Igreja Católica Romana - que os muçulmanos e cristãos ambos adoram o único Deus verdadeiro -. Comentando ainda sobre a posição romanista sobre este assunto, o Papa Paulo VI declarou o seguinte em 1972:

"Nós também gostaríamos que vocês soubessem que a Igreja reconhece a riqueza da fé islâmica -. uma fé que nos liga ao único Deus " ( Papa Paulo VI, Discurso, 9 de setembro de 1972, L'Osservatore Romano, 21 de setembro de 1972, p. 2.) 

O Papa João Paulo II da mesma forma declarou: "Nós acreditamos no mesmo Deus, o único Deus, o Deus vivo, o Deus que criou o mundo e traz suas criaturas à sua perfeição ." (O Papa João Paulo II, dirigindo jovens muçulmanos em Marrocos, 19 de agosto de 1985)  

O Papa Bento XVI igualmente afirmou: "Os muçulmanos adoram a Deus, o Criador do Céu e da Terra, que falou para a humanidade." (o Papa Bento XVI em Amã, na Jordânia, 09 de maio de 2009)

A problemática católica ao ensinar que o Deus dos cristãos é o mesmo da religião islâmica está justamente na Cristologia. O Islamismo ensina que Jesus Cristo não é Deus. 

Alcorão ensina: "São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o Messias, filho de Maria. Dize-lhes: Quem possuiria o mínimo poder para impedir que Deus, assim querendo, aniquilasse o Messias, filho de Maria, sua mãe e todos os que estão na terra? Só a Deus pertence o reino dos céus e da terra, e tudo quanto há entre ambos. Ele cria o que Lhe apraz, porque é Onipotente.” (Sura 5:17)
     
O Alcorão ainda contêm ensinamentos piores sobre a Pessoa do Senhor Jesus. Vejam essa declaração:

 “É inadmissível que Deus tenha tido um filho. Glorificado seja! Quando decide uma coisa, basta-lhe dizer: Seja! E é.” (Sura 19:35)

O Alcorão nega declaradamente o fato de que Jesus é o Filho de Deus. Então textos como estes não tem menor importância para o Islã:

...a fim de que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou." (João 5:23 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém)

Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai. O que confessa o Filho também possui o Pai.” (1 João 2:23 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém)

Todo o que crê que Jesus é o Cristo nasceu de Deus, e todo o que ama ao que gerou ama também o que dele nasceu.” (1 João 5:1 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém) 

Fica claro que o Catolicismo está errado por declarar que os muçulmanos se submetem e adoram o Deus verdadeiro, uma vez que negar a filiação de Jesus é uma prova explícita de que não têm Deus. As Escrituras ensinam que os deuses das nações pagãs (por exemplo, o árabe, islâmico "Alá") são meros ídolos, não o verdadeiro Deus: 

Pois Iahweh é grande, e muito louvável, mais terrível que todos os deuses! Os deuses dos povos são todos vazios. Foi Iahweh quem fez os céus!” (Salmos 96[95]: 4-5 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém).

A Bíblia afirma, ainda, que esses falsos deuses das falsas religiões e outras nações pagãs são realmente demônios. Notemos as Palavras do amado apóstolo Paulo:

Não! Mas, aquilo que os gentios imolam, eles o imolam aos demônios, e não a Deus. Ora, não quero que entreis em comunhão com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.” (1 Coríntios 10:20-21 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém) 

Assim sendo, o deus muçulmano que se originou em um país diferente do que o de Israel é um demônio e não o Deus verdadeiro. Além disso, o demônio islâmico Alá ordenou aos muçulmanos que matassem e subjugassem os cristãos e os judeus no Alcorão: 

Combatei aqueles que não creem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro, até que, submissos, paguem o Jizya. Os judeus dizem: Ezra é filho de Deus; os cristãos dizem: O Messias é filho de Deus. Tais são as palavras de suas bocas; repetem, com isso, as de seus antepassados incrédulos. Que Deus os combata! Como se desviam!" (Sura 9:29-30)

O Deus de Abraão e dos cristãos, porém, disse aos crentes para não matar nem subjugar outros cristãos ou judeus, mas amar a todos e evangelizar aos descrentes com as boas novas de Cristo. A Bíblia ensina, pelas palavras do Senhor Jesus: 

"Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus..." (Mateus 5:44-45a – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém) 

"Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas.”  (Mateus 7:12 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém) 

E Tiago ensina: "Assim, se cumpris a Lei régia segundo a Escritura: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo", estais agindo bem." (Tiago 2:8 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém)

É evidente que não estamos lidando com o mesmo Deus!!! Ao confirmar os documentos do Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI afirmou que era infalível; que os muçulmanos adoram o Deus verdadeiro; mas, no entanto, este é um erro demonstrado já que os muçulmanos não adoram o Deus verdadeiro, e sim um demônio. Então, o Papa Paulo VI era falível; A Igreja Católica Romana é falível; e, portanto, a infalibilidade desta religião e de seu papa é uma inverdade.

Outro erro do Concílio Vaticano II é o ensinamento de que os muçulmanos podem ser salvos mesmo pertencendo ao Islã. Basta-lhes  fazerem boas obras! Mesmo sendo ignorantes ao evangelho e a igreja. Na Lumen Gentium, lemos: 

"Com efeito, aqueles que, ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo, e a Sua Igreja, procuram, contudo, a Deus com coração sincero, e se esforçam, sob o influxo da graça, por cumprir a Sua vontade, manifestada pelo ditame da consciência, também eles podem alcançar a salvação eterna. Nem a divina Providência nega os auxílios necessários à salvação àqueles que, sem culpa, não chegaram ainda ao conhecimento explícito de Deus e se esforçam, não sem o auxílio da graça, por levar uma vida reta. Tudo o que de bom e verdadeiro neles há, é considerado pela Igreja como preparação para receberem o Evangelho, dado por Aquele que ilumina todos os homens, para que possuam finalmente a vida." (Documentos do Vaticano II - Lumen Gentium - Parágrafo 16 [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19641121_lumen-gentium_po.html])  

Tais ensinos são diametralmente opostos as  Escrituras Sagradas pois a confiança em Cristo e no Evangelho são essenciais para a salvação:

Quem nele crê não é julgado; quem não crê, já está julgado, porque não creu no Nome do Filho único de Deus." (João 3:18 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém) 

Quem crê no Filho tem vida eterna. Quem recusa crer no Filho não verá vida. Pelo contrário, a ira de Deus permanece sobre ele". (João 3:36 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém)

Diz-lhe Jesus: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” (João 14:6 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém)

Pois não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos". (Atos 4:12 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém)

 “Eles responderam: "Crê no Senhor e serás salvo, tu e a tua casa". (Atos 16:31 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém)

...e são justificados gratuitamente, por sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus...” (Romanos 3:25 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém)

Porque, se confessares com tua boca que Jesus é Senhor e creres em teu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Romanos 10:9 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém) 

E ainda contradiz diretamente  os dogmas próprios do catolicismo. Por exemplo, o Papa Eugênio IV deu o sua ”palavra infalível” na declaração no Concílio de Florença , em 1439: 

"Quem quer ser salvo, antes de tudo, é necessário que se mantenha na fé católica.” (Papa Eugénio IV, Concílio de Florença , Sessão 8, 22 novembro de 1439)

Da mesma forma, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. No entanto, eles não são três deuses, mas um só Deus." (Papa Eugénio IV, Concílio de Florença , Sessão 8, 22 novembro de 1439) 

Neste contexto, em 1302 o papa Bonifácio VIII declarou o seguinte na bula Unam Sanctam :     

"Declaramos, dizemos, definimos e pronunciamos que é absolutamente necessário para a salvação de toda criatura humana estar sujeito ao Pontífice Romano." ( Papa Bonifácio VIII, Unam Sanctam , 18 de Novembro , 1302)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vemos duas declarações distintas nas passagens das autoridades romanistas: Temos o Papa Paulo VI, ratificando no Concílio Vaticano II, com sua “palavra infalível” que os muçulmanos podem ser salvos sem ser da Igreja Católica, praticando somente a sua doutrina. E, por outro lado os Papas Eugênio IV e Bonifácio VIII, dizendo que a humanidade deve pertencer a Igreja Católica Romana e afirmando a crença em seus ensinamentos para se adquirir salvação. Esta falibilidade papal clara mostra ao mundo que a Igreja Católica não é a verdadeira Igreja do Cristo de Deus. Podemos dizer com muita segurança que, a mensagem pregada pelo catolicismo é aleivosa. É “outro evangelho”!

Desta forma cumpre-se a profecia proferida pelo apóstolo Paulo ao seu amado discípulo Tito. Paulo nos legou um ensinamento preciosíssimo, mostrando que não basta se autodeclarar “Igreja de Deus”, “Verdadeira Igreja”, “Arca da Salvação,” etc.: 

Com efeito, há muitos insubmissos, palavrosos e enganadores, especialmente no partido da circuncisão, aos quais é preciso calar, pois estão pervertendo famílias inteiras, e, com objetivo de lucro ilícito, ensinam o que não têm direito de ensinar. (...) repreende-os, portanto, severamente, para que sejam sãos na fé, e não fiquem dando ouvidos a fábulas judaicas ou a mandamentos de homens desviados da verdade." (Tito 1:10-11, 13b-14 – Versão Católica: A Bíblia de Jerusalém) 


Rômulo Lima
(Acadêmico de Teologia e Apologética Aplicada)

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

UMA PEQUENA CONSIDERAÇÃO SOBRE O ISLÃ


Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (1 João 4:1 – Almeida Corrigida e Revisada Fiel)

O mundo inteiro está com os olhos voltados para a França, onde atiradores mascarados mataram pelo menos 12 pessoas durante um ataque realizado na manhã desta quarta-feira contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo, em Paris. O atentado deixou outras cinco pessoas feridas em estado grave. 

Os causadores do ataque contra a revista teriam gritado "Nós vingamos o profeta'', segundo testemunhas. O comentário seria uma referência a um cartum publicado pela revista retratando o profeta Maomé. A mesma chegou a sofrer um ataque em 2011, em retaliação à publicação do cartum. Segundo os preceitos da fé islâmica, o profeta não pode ser retratado.

Mas por que isso? O que faz com que o Islamismo tenha grupos tão extremos como o Estado Islâmico e a Al Qaeda? Pessoas que estão dispostas a matar e perder a própria vida em nome da fé.

Eu, pessoalmente, tenho convicções muito sólidas sobre o Islã - como acadêmico. Contudo como cristão e defensor da democracia e da liberdade religiosa, tenho a posição de que toda crença deve ser respeitada; porém, respeito não significa aceitação.  

Aqui vou expor as implicações dessa religião; e, de antemão afirmo que cerca de 80% dos Islâmicos são pessoas pacíficas (Sunitas), e essa serena corrente causa grande confusão e impacto nos Ocidentais. Os considerados extremistas (Xiitas) são os que têm a posição violenta. Os que geralmente são os autores de tais atentados como o da revista Charlie Hebdo, 

Eis a pergunta: O islã então é uma religião pacífica? Eu não tenho dúvidas que adeptos do islamismo escolheram ser pacíficos; porém, a essência da religião é uma religião de GUERRA.

Desde o surgimento do Islã, sempre houve crises psicológicas na pessoa do fundador, Maomé. Nunca houve uma capacidade de convivência pacífica com outros credos por tal religião. Onde o Islã é minoria, na maioria das vezes, tais são tolerados; onde o islã é maioria, se tornam opressores. 

A razão de o Islamismo ser assim é que desde que Maomé recebeu suas supostas “revelações” dadas pelo suposto “anjo Gabriel”, muitos dos seus vizinhos na cidade de Meca o escarneceram e perseguiram. O “profeta” passou a representar uma ameaça a um estilo de vida imoral das tribos árabes, e a atividade econômica que era movida pela idolatria desenfreada (tal como acontece hoje no Brasil).

Maomé tinha de ser calado! Durante todo o início das supostas “revelações”, o “profeta”, manteve-se humilde e pacato. Era generoso e altruísta. Uma pessoa moralmente incorruptível. Maomé agia da mesma forma que o grupo Sunita age nos nossos dias. Aqui está a essência dos hadiths (ensinamentos) interpretados pela corrente Sunita, que nesse período reflete a pacificidade do Islã.

 Mas Maomé estava se tornando influente. A corrente libertina dos Árabes (que ainda não eram islâmicos) passou a oprimi-lo, persegui-lo com mais ímpeto. Maomé viu-se obrigado a fugir de Meca para Medina, onde sua influência política e religiosa cresceu. Ele e seus seguidores se tornaram SAQUEADORES do deserto, como relata o biógrafo maometano Ibn Ishaq – que diz ter sido Maomé "o comandante de 27 invasões Bélicas." (The Live of Muhammad - New York: Oxford University Press, 1980 - página 659)

Os seguidores de Maomé se multiplicaram grandemente, juntamente com seus inimigos. Daí por diante o “profeta” ergueu um reinado de terror e opressão contra os que se recusaram a segui-lo. Pessoas eram assassinadas friamente se pregassem contra seus ensinos. Eram exterminados! Os que não aceitavam o islamismo – como judeus e cristãos – eram decapitados. Suas mulheres e crianças eram escravizadas:

Então, eles se renderam e o profeta Maomé os confinou em Medina (...) Quando o profeta saiu do mercado de Medina, cavou trincheiras aos arredores. Então ele os chamou e os decapitou, usando-os na construção das trincheiras (...) Havia ao todo seiscentos ou setecentos, apesar de alguns qualificarem em torno de oitocentos ou novecentos” (The Live of Muhammad - New York: Oxford University Press, 1980 - página 464)

Podemos notar com isso que o Islamismo possui duas faces. Uma de guerra e outra de paz; entretanto sua essência está na primeira. O Alcorão dá mostra explícitas da mesma:

"Matai-os onde quer que os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos." (Sura 2:191)

"...capturai-os e matai-os, onde quer que os acheis, porque sobre isto vos concedemos autoridade absoluta." (Sura 4:91)

"Matai os filhos varões daqueles que, com ele, creem, e deixai com vida as suas mulheres! Porém, a conspiração dos incrédulos é improfícua." (Sura 40:25)

"Mas quanto os meses sagrados houverem transcorrido, matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os... Combatei aqueles que não creem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião..." (Sura 9:5)

Tais versos podem ser encontrados no site da comunidade islâmica www.myciw.org - http://myciw.org/modules.php?name=Alcorao

Esses são pequenos exemplos. Há inúmeros versos corânicos que tratam de ordenação da guerra, violência, extermínio, etc. A corrente Sunita e os leigos defensores do Islã dizem que os tais podem ser mal interpretados - como fazem os Xiitas. MAS... Basta um exame ao contexto histórico da religião, e rapidamente veremos que os tais são literais. Tão literais que seu fundador os aplicou na prática. Os muçulmanos tem a permissão de combater quando são ameaçados, todavia a história de Maomé mostra que os Xiitas são o que melhor interpretam o Alcorão. Os Sunitas tão-somente escolheram viver em paz.

No seu retorno a Meca, Maomé, possuía um exército consolidado, suas leis foram impostas a ferro e fogo, e poucos se opuseram ao “profeta”. E aqui está a essência do Islamismo: propagar a religião seja por força ou pelo poder econômico.

Queridos(as) não vos enganeis quando a tevê, o Papa (ou outro religioso), algum político, ou um teólogo liberal diz que o Islamismo é uma religião de paz, os tais estão tão-somente tomando a posição prática dos Sunitas, não examinaram a história nem o “livro sagrado” do Islamismo (o Alcorão), que por sinal contradiz a Bíblia em muitos e muitos pontos.

O Islamismo é o espelho do seu fundador. Assim como o verdadeiro cristianismo é! No islamismo, Alá, é poder e opressão:

Combatei aqueles que não creem em Deus, nem se abstêm do que Deus e seu mensageiro proibiram, e não professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro, até que os submissos paguem o Jizya.” (Sura 9:29)

Já no cristianismo:

Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” (1 João 4:7-8)

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)

EXPLORADORES DO EVANGELHO


"Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite." (Isaías 55:1 - Versão: Almeida Corrigida e Revisada Fiel)


Este discurso de Isaías é assaz maravilhoso! É extremamente concorde de como expressão do Evangelho deve ser aplicável ao mundo inteiro. A maravilhosa mensagem do Senhor Jesus é que se pode receber a salvação (e tudo que ela proporcionar) sem dinheiro e sem um valor fixado. Os dons e misericórdias de Deus não podem ser comprados.

As Escrituras, no Novo Testamento, nos diz que a salvação vem como uma dádiva totalmente gratuita:   

...sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.” (Romanos 3:24)

...mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor!” (Romanos 6:23b)

Porquanto, pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus;” (Efésios 2:8)

Essa é uma doutrina muito abrangente na Bíblia. A graça do Senhor Jesus é aplicada na nossa salvação e juntamente com todo o caminhar na vida cristã. Podemos dizer que o cristão é verdadeiramente rico! Ele recebe a salvação e todo benefício que o seu Senhor lhe proporciona. Todas essas coisas são lhe imputadas graças a Obra da Cruz!

Houve um ranking feito pela revista Forbes, que lista os seis pastores evangélicos mais ricos do Brasil. Na primeira posição, está o “bispo” Edir Macedo, que tem uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões, segundo a revista. Seguidos de Valdemiro Santiago, Silas Malafaia, R.R. Soares e Estevam Hernandes. 

Você pode está se perguntando: “mas o que esses homens tem a ver com a salvação pela graça mediante a fé?” Eu lhe respondo que possuem muita coisa. A teologia que permeia muitas igrejas ditas evangélicas, hoje, é uma teologia da confissão positiva. Ou seja, a famosa teologia da prosperidade, onde o cristão pode tudo: ser bem sucedido, não ter tribulações e nunca ficar doente. Caso essas coisas ocorram, se deu por falta de fé.

Mas como esses homens agem? Simples! Segundo a fidelidade que cada pessoa tem com sua instituição. Tais ensinam que as bênçãos - que na Escritura são gratuitas -, podem ser conseguidas por meio de campanhas, ofertas, doações, etc.

Por conta disso houve propósitos em determinadas congregações cristãs, onde o ofertante depositava todo seu salário na arca de ofertas!  Campanhas tais como “doe seu boi”, pregada pela Igreja Universal a algum tempo atrás. Pregações baseadas no juiz de Israel, Gideão, que por um ato de fé sacrificou o boi de seu pai para confirmar a aliança feita com Deus

Toma o boi que pertence a teu pai, a saber, o segundo boi de sete anos, e derruba o altar de Baal, que é de teu pai; e corta o bosque que está ao pé dele. E edifica ao SENHOR teu Deus um altar no cume deste lugar forte, num lugar conveniente; e toma o segundo boi, e o oferecerás em holocausto com a lenha que cortares do bosque.” (Juízes 6:25-26)

Vejamos. É isso que Deus quer para me abençoar? Meu dízimo? Minhas ofertas? Minha resposta é um enfático NÃO! Na estrutura financeira dessas igrejas, o pagamento de dízimo é apenas o começo. Os líderes são criativos em criar campanhas e compromissos que devem ser seguidos pelos fiéis. Isso sustenta a vida luxuosa que vivem. O próprio Silas Malafaia relatou a jornalista Mônica Bérgamo, que a revista Forbes se equivocou (claro que não com tal sutileza). E que o valor de seus bens representam apenas 2% do valor informado pela revista, o equivalente a R$ 6 milhões. O “pastor” alega que a maior parte desse valor refere-se a imóveis.

A jornalista relata que Silas Malafaia possui nove imóveis, sendo a casa em que vive, num condomínio na zona oeste do Rio de Janeiro o mais valioso: “deve valer R$ 2,5 milhões”, segundo Malafaia, que alega ter comprado por R$ 800 mil. Os demais imóveis são apartamentos comprados para seus três filhos no valor de R$ 400 mil cada um, outros quatro comprados na planta no valor de R$ 450 mil e um apartamento em Boca Raton, na Flórida, avaliado em R$ 500 mil.

Em uma reportagem no Domingo Espetacular (programa jornalístico da Rede Record), o repórter Marcelo Rezende revelou ao Brasil um investimento pessoal do “apóstolo” Valdemiro, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus. Tal patrimônio está localizado no estado do Mato Grosso. Na reportagem de quase trinta minutos, o programa mostrou uma propriedade, duas fazendas (que somadas, dariam duas vezes o tamanho da cidade de Jerusalém) pertencente ao autodenominado "apóstolo", e que teria custado aos cofres da igreja algo em torno de 30 milhões de reais. Fora o investimento em gado.

Por falar em rede Record, temos o nosso campeão. O “bispo” Edir Macedo. Em 2013 a Forbes declarou que o “bispo” estreava entre os bilionários do mundo. Estando na 1268ª posição no ranking mundial (41º mais rico do país)

Esses são só alguns exemplos, pois me faltaria tempo de falar sobre R.R. Soares, Estevam Hernandes e muitos outros “pastores” que já iniciam uma ascensão nesse quesito: EXPLORAÇÃO DE FIEIS!

Foi comprovado pelo IBGE que os evangélicos que mais contribuem com estas igrejas (que pregam esta teologia), são os religiosos mais pobres do País. Ou seja, essa teologia na prática não funciona. Aliás, funciona apenas para seus líderes, que são os únicos que desfrutam da suposta prosperidade a qual pregam. Onde está a prosperidade de todos então? Não existe! 

Carecemos em nos encontrar alertas para não comer o “peixe junto com as espinhas” que muitos pregadores estão nos proporcionando. Ter ciência e retirar as perigosas “espinhas” muitas vezes não é fácil, mas extremamente imprescindível para termos uma vida cristã sadia e equilibrada. 

Ao examinarmos o Novo Testamento, aprendemos que ser abençoado é ser uma pessoa que já tem dentro de si a Presença Viva do Espírito Santo. É conhecê-Lo face a face e ser transformado em seu interior a cada dia em virtude desse conhecimento. É ter a vida de Deus palpitando em nosso coração e em nossas reações no dia a dia de nossa existência. Eis a verdadeira benção! Tudo o mais perde a importância diante de tal conhecimento.

Esse era o pensamento do apóstolo Paulo quando escreve aos filipenses sobre o verdadeiro sentido da alegria:

Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós. Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão; Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; Para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo.” (Filipenses 3:1-16)

Lamentavelmente, para muitos crentes e pregadores a ideia de “ser abençoado com as bênçãos celestiais oferecidas pelo sacrifício de Cristo”, não é suficiente. Eles querem mais. Acham até que têm direitos diante de Deus de serem abençoados materialmente desde que cumpram as regras estabelecidas pela mentalidade religiosa predominante nos círculos evangélicos atuais. Talvez, ainda não conheceram a verdadeira benção e por isso, precisam de “muletas abençoadoras” para que a vida funcione da melhor maneira possível.

As nossas bênçãos está em entendermos que Deus em Sua infinita Graça e Misericórdia já nos abençoou dando-nos o privilégio primoroso de deleitar-se de Sua afetuosa Presença agora e eternamente. Necessitamos instruirmos a nos agradar em Sua companhia e assim ter um coração que se contente Nele apenas, mesmo que não tenhamos as coisas boas dessa vida. Nossa alegria e satisfação não estão aqui! Algo muito maior e melhor nos espera e em direção a Ele estamos indo, mesmo que nossa figueira não floresça já somos abençoados. Acredite nessa verdade

Toda dádiva é um dom de Deus, um presente imerecido para nós – que não somos merecedores. Devemos entender que bênçãos matérias são efeitos do Evangelho, pode existir ou não. Porém, não necessitamos praticar “barganhas” e prova de Deus como Saul e Simão, o mágico, que deduziram conseguir dádiva e dons com ofertas financeiros. Mas para esses pregadores essa teologia é chamada até de “fracassada”, “teologia da pobreza” etc., pois os mesmos são movidos tão somente por lucro. 

Vemos a vida dos apóstolos no Novo Testamento, e percebemos o quão diferente de tais lideres modernos. Para os tais, Pedro nos deixa uma maravilhosa advertência:

"Movidos por sórdida ganância, tais mestres os explorarão com suas lendas e artimanhas. Todavia, sua condenação desde há muito tempo paira sobre eles, e sua destruição já está em processo." (2 Pedro 2:3) 

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

IAHWEH E BUDA


Jacó disse à sua família e a todos os que estavam com ele: "Lançai fora os deuses estrangeiros que estão no meio de vós, purificai-vos e mudai vossas roupas.” (Gênesis 35:2 – Bíblia de Jerusalém)

A Bíblia é uma obra que se destaca pelo monoteísmo, e por sua exclusividade com relação a Deus. Ela conclama em praticamente todos os livros a fidelidade única a Iahweh e sua incomparabilidade com o conceito de “deus” que as outras nações e religiões possuem.

Vemos isso desde os primórdios Bíblicos. E, o texto de Gênesis já descarta qualquer impressão de que o culto patriarcal era livre e fácil. Nos mostra que sua composição apresenta os componentes estruturais da lei do Sinai em seu apelo para uma lealdade única, para a pureza cerimonial, e para a renúncia da magia, idolatria, superstições, etc. 

Os pronunciamentos e práticas do Catolicismo Romano fogem totalmente das características de uma religião que cultua o Deus Bíblico. No concílio Vaticano II é declarado uma falsa atribuição de Deus as religiões não cristãs, de uma fé ao Deus Bíblico semelhante à Católica. Isso é estranho segundo a Bíblia. Totalmente heterodoxo ao ensino do genuíno Cristianismo: 

Se, porém, com as palavras «autonomia das realidades temporais» se entende que as criaturas não dependem de Deus e que o homem pode usar delas sem as ordenar ao Criador, ninguém que acredite em Deus deixa de ver a falsidade de tais acertos. Pois, sem o Criador, a criatura não subsiste. De resto, todos os crentes, de qualquer religião, sempre souberam ouvir a sua voz e manifestação na linguagem das criaturas. Antes, se se esquece de Deus, a própria criatura se obscurece.” (Gaudium et Spes, Parágrafo 36 [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19651207_gaudium-et-spes_po.html])

Essa atribuição é totalmente errônea, pois o Budismo não considera um Deus pessoal e Criador, mas sim uma força impessoal que está permeada em toda criação. Esse é o conceito de “deus” no Budismo.

Veja essa declaração do Papa João Paulo II sobre o Budismo e outras religiões: 

Eu escrevi recentemente aos bispos da Ásia: "Embora a Igreja de bom grado reconheça tudo o que é verdadeiro e santo nas tradições religiosas do budismo, hinduísmo e islamismo - reflexos daquela verdade que ilumina todos os homens, ainda em seu dever e determinação de proclamar sem hesitações Jesus Cristo, que é "o caminho, a verdade e a vida”... O fato de que os seguidores de outras religiões podem receber a graça de Deus e ser salvo por Cristo, independentemente dos meios ordinários que ele estabeleceu, não remove a chamada à fé e batismo que Deus quer para todos os povos." (Carta Encíclica Redemptoris Missio, Parágrafo 55 [http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_07121990_redemptoris-missio_sp.html])

Isso deixa latente que a única coisa que os budistas e seguidores de outras religiões devem fazer é se batizar. Pois o texto do documento expressa que: “O fato de que os seguidores de outras religiões podem receber a graça de Deus e ser salvo por Cristo, independentemente dos meios ordinários que ele estabeleceu...”  Mostra que a graça de Deus já os alcançaram independente de que credo abracem

O Catolicismo Romano “de bom grado reconhece tudo o que é verdadeiro e santo nas tradições religiosas do budismo, hinduísmo e islamismo - reflexos daquela verdade que ilumina todos os homens...”. Isso não nos deixa dúvidas que todas essas religiões (para o Romanismo) possuem a verdade revelada. Então tais poderão ser salvos. 

Para entendermos um pouco sobre a diferença entre o Budismo e o Cristianismo vamos analisar rapidamente alguns pontos.

O QUE É O BUDISMO?

É um sistema ético, religioso e filosófico fundado pelo príncipe hindu Sidarta Gautama (563-483 a.C.), ou Buda, por volta do século VI a.C. O relato da vida de Buda está cheia de fatos reais e lendas, as quais são difíceis de serem distinguidas historicamente entre si.

O príncipe Sidarta nasceu na cidade de Lumbini, em um clã de nobres e viveu nas montanhas do Himalaia, entre Índia e Nepal. Seu pai era um regente e sua mãe, Maya, morreu quando este tinha uma semana de vida. Apesar de viver confinado dentro de um palácio, Sidarta se casou aos 16 anos com a princesa Yasodharma e teve um filho, o qual o chamou de Rahula.

COMO NASCEU O BUDISMO?

Aos 29 anos, Sidarta Gautama resolveu sair de casa, e chocado com a doença, com a velhice e a com morte, partiu em busca de uma resposta para o sofrimento humano. Juntou-se a um grupo de ascetas e passou seis anos jejuando e meditando. Durante muitos dias, sua única refeição era um grão de arroz por dia. Após esse período, cansado dos ensinos do Hinduísmo e sem encontrar as respostas que procurava, separou-se do grupo. Depois de sete dias sentado debaixo de uma figueira, diz ele ter conseguido a iluminação, a revelação das Quatro Verdades. Ao relatar sua experiência, seus cinco amigos o denominaram de Buda (iluminado, em sânscrito) e assim passou a pregar sua doutrina pela Índia. Todos aqueles que estavam decepcionados pela crença hindu, principalmente os de casta baixa e os sem castas, deram ouvido a esta nova faceta de Satanás. Como todos os outros fundadores religiosos, Buda foi deificado pelos seus discípulos, após sua morte com 80 anos.

Principais Ensinos Teológicos do Budismo

Sobre a divindade: não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do sofrimento é uma refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados necessitam seguir seus próprios caminhos espirituais e transcendentais.

Antropologia: o homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária.

Salvação: as forças do universo procurarão meios para que todos os homens sejam iluminados (salvos).

A alma do homem: a reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se caracteriza em transições. Todas as criaturas são ficções.

O caminho: o impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se combater a ignorância lendo e estudando.

Posição ética: existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo:

proibição de matar 
proibição de roubar 
proibição de ter relações sexuais ilícitas 
proibição do falso testemunho 
proibição do uso de drogas e álcool

Com exceção aos princípio éticos vemos que há uma diferença astronômica nos conceitos Budistas e Cristãos. Não existe compatibilidade entre as religiões. Mas, mesmo assim vejamos como o Concílio Vaticano II se refere a essa religião:

Desde os tempos mais remotos até aos nossos dias, encontra-se nos diversos povos certa percepção daquela força oculta presente no curso das coisas e acontecimentos humanos; encontra-se por vezes até o conhecimento da divindade suprema ou mesmo de Deus Pai. Percepção e conhecimento esses que penetram as suas vidas de profundo sentido religioso. Por sua vez, as religiões ligadas ao progresso da cultura, procuram responder às mesmas questões com noções mais apuradas e uma linguagem mais elaborada” (Nostra Aetate, Parágrafo 2  [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html])

Essa imputação é surpreendente e totalmente heterodoxa ao Cristianismo genuíno. Não há um certificado de verdade e de santidade a todas as religiões não cristãs. Elas são tão-somente o fruto do espírito humano (e muitas vezes satânicos) e, por isso, não resgatam nem salvam ninguém, pois, não possuem a verdade revelada em Jesus Cristo. 

O mesmo parágrafo prossegue: “No budismo, segundo as suas várias formas, reconhece-se a radical insuficiência deste mundo mutável, e propõe-se o caminho pelo qual os homens, com espírito devoto e confiante, possam alcançar o estado de libertação perfeita ou atingir, pelos próprios esforços ou ajudados do alto a suprema iluminação. De igual modo, as outras religiões que existem no mundo procuram de vários modos irem ao encontro das inquietações do coração humano, propondo caminhos, isto é, doutrinas e normas de vida e também ritos sagrados.” (Nostra Aetate, Parágrafo 2  [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html])

É pior do que se imagina! O Catolicismo Romano não promove a obra missionária, mas sim a obra ecumênica. Ela vai se adaptando aos parâmetros religiosos dos outros povos, tal como fez no decorrer de sua história. 

O budismo não pode “propor o caminho pelo qual os homens, com espírito devoto e confiante, possam alcançar o estado de libertação.” Esse caminho só pode ser encontrado pelo Cristianismo:

Diz-lhe Jesus: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim. Se me conheceis, também conhecereis a meu Pai. Desde agora o conheceis e o vistes" (João 14:6-7 – Bíblia de Jerusalém)

Jesus cristo é o caminho que o Catolicismo Romano atribui a doutrina Budista. Fora dele não tem como se conhecer Deus. O budismo não crê na Personalidade do Criador, em seus atributos como Pessoa. Seguem o Panteísmo (Deus está em tudo e tudo é Deus). E, assim é a maior parte das religiões Orientais e as seitas da Nova Era, muito promovidas no Brasil em nossos dias. 

Mas o parágrafo não termina por aí. Há mais declarações do Catolicismo totalmente conflitantes com a sã doutrina cristã: 

A Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela própria segue e propõe, todavia, refletem não raramente um raio da verdade que ilumina todos os homens. No entanto, ela anuncia, e tem mesmo obrigação de anunciar incessantemente Cristo, «caminho, verdade e vida» (Jo. 14,6), em quem os homens encontram a plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou consigo todas as coisas." (Nostra Aetate, Parágrafo 2  [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html])

É fulgente o extenso contrassenso, tanto Bíblico, quanto dentro da própria teologia Católica. Olhar com imenso respeito para qualquer pessoa é o que uma Igreja Cristã deve fazer, e assim todo cristão; porém, estas religiões “se afastam em muitos pontos” do ensino da Igreja Católica, como podem “refletir não raramente um raio da verdade que ilumina todos os homens”? Isto significa que para o Concilio, a verdade “que ilumina todos os homens” pode ser originada por códigos e ensinos desiguais “em muitos pontos”, do ensinamento da Igreja! Será mesmo que o Espírito Santo guia todo o procedimento do clero Romanista? 

As discrepâncias doutrinárias não terminam por aqui. Os ensinos subsequentes ao Concílio sempre enalteceram o Budismo e parecem apoiar claramente o modo de vida desses religiosos sem Cristo. Vejam a declaração de Paulo VI a um grupo de líderes budistas, em 15 de Junho de 1977: 

É com calorosa afeição que damos as boas vindas ao distinto grupo de líderes budistas do Japão. O Concílio Vaticano II declarou que a Igreja Católica encara com sincero respeito o vosso modo de vida … Nesta ocasião, compraz-nos recordar as palavras de São João: ‘Ora o mundo passa, e também a sua concupiscência, mas o que faz a vontade de Deus permanece eternamente." ( L’Osservatore Romano, ed. inglesa, 23 de Junho de 1977, página 5) 

O Papa primeiro diz que a Igreja Católica vê com sincero respeito o modo de vida budista. Sim respeito é uma coisa, concordar é outra completamente diferente. Eles seguem ensinos heterodoxos. Depois o Papa diz que, nesta ocasião, lhe compraz recordar as palavras de São João: “o que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” A sua intenção é claramente dizer que os budistas fazem a vontade de Deus e viverão para sempre; ou seja, eles se salvarão.  Isto é totalmente anticristão.

CONSIDERAÇÃO DO EXPOSTO

O Budismo é uma religião tão diferente do Cristianismo quanto à água é do vinho. Conceitos como a Personalidade de Deus, de um Deus Trino, da Pessoa de Jesus e do Espírito Santo não encontram amparo em suas doutrinas. Conceitos de antropologia Bíblica (estudo do homem da perspectiva da Escritura), do pecado, do céu e do inferno e principalmente da salvação, são diametralmente opostos a Palavra de Deus.

O Budismo é uma religião falsa e pagã que ensina a crença na reencarnação e o Karma. A mesma crê que a vida  não vale a pena ser vivida, e que toda forma de existência consciente é má. Os budistas adoram a criação, pois creem que Deus emana nelas. Trata-se de uma religião falsa. Mas  o pensamento do Catolicismo sobre a tal é que eles também “possuem a verdade que ilumina a todos os homens.

Porém o ensino Bíblico é diferente. Não há luz fora do Nosso Senhor Jesus e tudo que está fora dele, encontra-se em trevas:

De novo, Jesus lhes falava: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12 – Bíblia de Jerusalém)

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)

IAHWEH E O HINDUÍSMO


Entretanto, vedes e ouvis que não somente em Éfeso, mas em quase toda a Ásia, este Paulo tem desencaminhado, com suas persuasões, uma multidão considerável: pois diz que não são deuses os que são feitos por mãos humanas.”  (Atos  19:26 – Bíblia de Jerusalém)

Quando lemos a Bíblia e, vemos a atividade missionária do Espírito Santo, usando os apóstolos de Cristo, podemos perceber algumas particularidades na pregação do Evangelho: a denuncia do erro das culturas religiosas; o chamado a conversão em Cristo Jesus; a condição pecaminosa e ignorante da humanidade; e, a necessidade da aceitação da obra salvífica de Deus em Cristo.

É sobre isso que Paulo está sendo acusado no verso acima. Em todas as partes de Éfeso e das suas vizinhanças, muitos adoradores de Diana voltavam-se para o cristianismo, e já não acreditavam em ídolos feitos por mãos humanas. Os missionários cristãos antigos retomaram de boa mente os argumentos existentes, baseados no Antigo Testamento, que eram empregados pelos apologistas judaicos no combate à idolatria.

Os que modelam ídolos nada são, as suas obras preciosas não lhes trazem nenhum proveito! Elas são as suas testemunhas, elas que nada veem e nada sabem, para a sua própria vergonha. Quem fabrica um deus e funde um ídolo que de nada lhe pode valer? Certamente, todos os seus devotos ficarão envergonhados, bem como os seus artífices, que não passam de seres humanos. Reúnam-se todos eles e apresentem-se; todos eles se encherão de espanto e de vergonha!” (Isaías 44:9-11 – Bíblia de Jerusalém)

Vemos que a Nova Aliança apenas ratifica o que o profeta Isaías, há anos atrás, já pregava por inspiração de Iahweh. Nada na cultura religiosa dos povos pagãos possuem preciosidade junto ao verdadeiro Evangelho. Nada é proveitoso! Tudo que praticam se voltará como condenação e reprovação para aqueles que não aceitam o Senhor Jesus como seu Salvador.

Porém, no Catolicismo Romano, tudo é diferente. Tudo é aceitável e profícuo. Podemos ver isso em suas declarações oficiais, e no seu último Concílio Ecumênico, o Vaticano II: 

Assim, no hinduísmo, os homens perscrutam o mistério divino e exprimem-no com a fecundidade inexaurível dos mitos e os esforços da penetração filosófica, buscando a libertação das angústias da nossa condição quer por meio de certas formas de ascetismo, quer por uma profunda meditação, quer, finalmente, pelo refúgio amoroso e confiante em Deus.” (Concílio Vaticano II – Nostra Aetate, Parágrafo 2 [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html])

 Analisemos. O que antes era improfícuo para Iahweh; o que o apóstolo Paulo condenou em suas atividades missionárias, agora é permitido. Agora encontra acolhimento nos ensinos daquela que se diz “única igreja de Cristo”. 

O Catolicismo afirma que os praticantes do Hinduísmo “perscrutam, os mistérios divinos”; que a prática dessa religião espúria vai “exprimindo com fecundidade inexaurível dos mitos e esforços da penetração filosófica”, chegando a perscrutar os desígnios de Deus. 

O Romanismo assume que as práticas ascéticas, mitológicas e filosóficas hindus “buscam a libertação das angústias” e até o “refúgio amoroso e confiante de Deus”.

É aprazível e não pode ser condenada. Não é pecado! Não é erro! É uma prática milenar e a igreja Romana nada despreza. Como é dito no mesmo parágrafo da declaração: 

A Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver” (Concílio Vaticano II – Nostra Aetate, Parágrafo 2 [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html])

Mas se o Catolicismo Romano abraça essa crença, o que ela seria? O que é o hinduísmo? Vamos analisar um pouco sobre essa religião:

O Hinduísmo é o conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas que surgiram na Índia, a partir de 2000 a.C. (note a antiguidade dessa crença). O termo é ocidental e é conhecido pelos seguidores como Sanatana Dharma, do sânscrito (língua original da India), que significa "a ordem permanente". Está fundamentado nos quatro livros dos Vedas (que significa conhecimento), um conjunto de textos sagrados compostos de hinos e ritos, que foi composto aproximadamente no século XX a.C, denominados de Rigveda, Samaveda, Yajurveda e Artharvaveda. Estes quatro volumes são divididos em duas partes: a porção do trabalho (rituais politeístas) e a porção do conhecimento (especulações filosóficas), também chamada de Vedanta . A tradição védica surgiu com os primeiros árias, povo de origem indo-européia - os mesmos que desenvolveram a cultura grega - que se estabeleceram nos vales dos rios Indo e Ganges, por volta de 1500 a.C. 

Segundo o ensino dessa religião, os Vedas contêm as verdades eternas reveladas pelos deuses e a ordem (dharma) que rege os seres e as coisas, organizando-os em castas. Cada casta possui seus próprios direitos e deveres espirituais e sociais. A posição do homem em determinada casta é definida pelo seu Karma (conjunto de suas ações em vidas anteriores). A casta à qual pertence um indivíduo indica o seu status espiritual. O objetivo é superar o ciclo de reencarnações (samsara), atingindo assim, o nirvana, a sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e de todo o Universo. O caminho para o nirvana, segundo ensina o hinduísmo, passa pelo ascetismo (doutrina que desvaloriza os aspectos corpóreos e sensíveis do homem), pelas práticas religiosas, pelas orações e pela ioga. Assim a pessoa alcança a “salvação”, escapando dos ciclos da reencarnação. 

Nos cultos védicos há vários deuses. Brahma é o primeiro deus da Trimúrti, a trindade do hinduísmo (os outros deuses são Vishnu e Shiva); Agni é o pai dos homens, deus do fogo e do lar; Indra rege a guerra; Varuna no Regveda é o deus da ordem cósmica. É a maior divindade do antigo panteão indo ária e o responsável pela ordem do universo; Ushas é a deusa da aurora; Surya e Vishnu, regentes do sol; Rudra e Shiva, da tempestade. 

Animais como a vaca, rato, e serpentes, são adorados por serem possivelmente, a reencarnação de alguns dos familiares. Existem três vezes mais ratos que a população do país, os quais destroem um quarto de toda a colheita da nação. O rio Ganges é considerado sagrado, no qual, milhares de pessoas se banham diariamente, a fim de se purificar. Muitas mães afogam seus filhos recém-nascidos, como sacrifício aos deuses. 

Os brâmanes (sacerdotes) criaram o sistema de castas, que se tornou a principal instituição da sociedade indiana. Sem abandonar as divindades registradas nos Vedas, estabeleceram Brahma como o deus principal e o princípio criador. Ele faz parte da Trimurti, a tríade divina completada por Shiva e Vishnu. De acordo com a tradição, Brahma teve quatro filhos que formaram as quatro castas originais: brâmanes (saídos dos lábios de Brahma), são os sacerdotes considerados puros e privilegiados; os xátrias (originários dos braços de Brahma), são os guerreiros; os vaicias (oriundos das pernas de Brahma), são os lavradores, comerciantes e artesãos; e sudras (saídos dos pés de Brahma), são os servos e escravos. Os párias são pessoas que não pertencem a nenhuma casta, por terem desobedecido a leis religiosas. Estes não podem viver nas cidades, ler os livros sagrados nem se banharem no Rio Ganges. 

As características principais do Hinduísmo são o politeísmo, ioga, meditação e a reencarnação. Estima-se que atualmente existam mais de 660 milhões de adeptos em todo o mundo, com um panteão de 33 milhões de deuses e 200 milhões de vacas sagradas. Todo gado existente na Índia, alimentaria sua população por cinco anos, entretanto, a fome é devastadora no país por causa da idolatria. 

A Teologia Hindu reza que tudo é deus, deus é tudo. A religião ensina o Panteísmo, que o homem está unido com a natureza e com o universo. O universo é deus, e estando unido ao universo, todos são deuses. Ensina também que este mesmo deus, é impessoal. Muitos deuses adorados pelos hindus são amorais e imorais.

O mundo físico é uma ilusão: no mundo tridimensional, designada de “maya”, o homem e sua personalidade não passam de um sonho. Para se vir livre dos sofrimentos (pagamento daquilo que foi feito na encarnação passada), a pessoa deve ficar livre da ilusão da existência pessoal e física. Através da ioga e meditação transcendental, a pessoa pode transcender este mundo de ilusões e atingir a iluminação, a liberação final. O hinduísmo ensina que a ioga é um processo de oito passos, os quais levam a culminação da pessoa transcender ao universo impessoal, no qual o praticante perde o senso de existência individual. 

Há a lei do Karma muito enfatizada por seus adeptos. O bem e o mal que a pessoa faz, determinará como ela virá na próxima reencarnação. A maior esperança de um hinduísta é chegar ao estágio de se transformar no inexistente. Vir ser parte deste deus impessoal, do universo. 

Quanta diferença do Cristianismo Bíblico! Será que realmente há no Hinduísmo compatibilidade com a sã doutrina cristã? Para o Catolicismo Romano há: 

A Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver” (Concílio Vaticano II – Nostra Aetate, Parágrafo 2 [http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html])

Isso é ratificado nas declarações subsequentes ao Concícilio, que o Hinduísmo também possui a verdade:

Eu escrevi recentemente aos bispos da Ásia: Embora a Igreja de bom grado reconheça tudo o que é verdadeiro e santo nas tradições religiosas do budismo, hinduísmo e islamismo - reflexos daquela verdade que ilumina todos os homens, ainda em seu dever e determinação de proclamar sem hesitações Jesus Cristo, que é "o caminho, a verdade e a vida." (Carta Encíclica Redemptoris Missio do Papa João Paulo II, Parágrafo 55  [http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_07121990_redemptoris-missio_sp.html])

Com essa linha de pensamento o Senhor Jesus seria apenas mais um no vasto panteão hindu. Poderia até ficar acima da Trimúrti, assim como está acima dos santos católicos recebendo o culto de “latria”, contudo, não seria o Único cultuado. Aí está a grande similaridade do Catolicismo e do Hinduísmo: as duas religiões se adaptam muito bem a várias crenças. Elas vão agregando sutilmente doutrinas de outras religiões as suas.

Quero salientar que essas declarações não são isoladas. Não são deslizes que podem ser revistos. São declarações infalíveis, pois, o Papa quando fala sobre fé, moral e costumes, fala com a “suposta infalibilidade”. Vejamos:

O hinduísmo serve-se da filosofia para responder ao homem, e os hindus praticam o ascetismo e a meditação na subida para Deus.” (Viagem Apostólica do Santo Padre ao Extremo Oriente [Paquistão, Filipinas, 
Guan, Japão e Alaska] Mensagem do Papa João Paulo II a Ásia [http://www.vatican.va//holy_father/john_paul_ii/speeches/1981/february/documents/hf_jp-ii_spe_19810221_manila-auditorium_po.html])

Que declaração “apostólica” impressionante! João Paulo II escreveu o documento com sua autoridade de “Sumo Pontífice”. Mas, é claro não um líder verdadeiro da Igreja de Cristo, somente como mais um líder religioso; e, assim é todo o Catolicismo Romano: somente mais uma religião.

Queridos(as) a Bíblia nos exorta a não ter compatibilidade com falsas doutrinas. A Escritura nos ensina a denunciá-las! Podemos amar os pecadores, os pagãos, os que não conhecem a Cristo com nosso amor cristão, mas compactuar com suas práticas e louvá-las não é pregar o Evangelho; não é a obra missionária da pregação em Cristo, mas sim sincretismo. 

Procurai discernir o que é agradável ao Senhor e não sejais participantes das obras infrutuosas das trevas, antes denunciai-as.” (Efésios 5:10-11 – Bíblia de Jerusalém)

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)