“Porque o Pai a ninguém julga, mas confiou ao Filho todo julgamento, a fim de que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.” (João 5:22-23 – Bíblia de Jerusalém)
Uma das características da fé cristã genuína é a crença na Triunidade de Deus, ou seja, um Único Deus sempiterno e eternamente subsistente em Três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; a crença no Senhor Jesus como Deus em porcentagem de 100%; e, em sua verdadeira Humanidade com porcentagem também de 100%; a crença de que o Espírito Santo é uma Pessoa, e tão Deus quanto o Pai e o Filho.
Esses são princípios básicos do verdadeiro Evangelho. Se estes pontos estiverem ausentes em uma religião, trata-se de uma seita; ou seja, um grupo determinado de pessoas que advogam doutrinas heterodoxas. Estão fora da Ortodoxia Bíblica.
A crença de que as Três Pessoas Divinas são Onipotentes, Oniscientes e Onipresentes também são importantes, pois as Três Pessoas Divinas, sendo Deus, possuem esses atributos incomunicáveis. Características que não legaram aos seres-humanos. Diferenciadas do amor, intelecto, volição, etc., que Deus em sua Infinita sabedoria transmitiu a nós.
No dia 25 de Dezembro de 1961, através da bula papal Humanae salutis, o Papa João XXIII convocou o mundo Católico Romano para o Concílio Vaticano II. Este mesmo Papa inaugurou-o, e iniciou-o no dia 11 de Outubro de 1962. O Concílio, realizado em quatro sessões, só terminou no dia 8 de Dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI.
Nestas quatro sessões, mais de 2000 Prelados convocados de todo o planeta discutiram e regulamentaram vários temas da Igreja Católica. Esse Concílio Ecumênico redigiu 16 documentos nos quais irei transcrevê-los com um breve resumo dos assuntos tratados:
Constituições:
Dei Verbum: Revelação divina e Tradição
Lumen Gentium: Igreja
Gaudium et Spes: Pastoral e a relação da Igreja com o mundo moderno
Sacrosanctum Concilium: Liturgia
Decretos:
Ad Gentes: Atividade missionária
Apostolicam Actuositatem: apostolado dos leigos
Christus Dominus: Bispos
Inter Mirifica: comunicação social
Optatam Totius: formação sacerdotal
Orientalium Ecclesiarum: Igrejas orientais católicas
Perfectæ Caritatis: renovação da vida consagrada
Presbyterorum Ordinis: vida dos presbíteros
Unitatis Redintegratio: ecumenismo
Declarações:
Dignitatis Humanæ: liberdade religiosa
Gravissimum Educationis: educação cristã e digna
Nostra Ætate: relação com os não-cristãos
Dos muitos erros - na perspectiva da teologia Bíblica - existentes nestes documentos (e muitos em um único parágrafo) quero salientar um que é totalmente drástico: A alegação de que o Deus da Bíblia se revelou a Maomé (O profeta do Islamismo). Vejam a declaração:
“A Igreja olha também com estima para os muçulmanos. Adoram eles o Deus Único, vivo e subsistente, misericordioso e omnipotente, criador do céu e da terra, que falou aos homens e a cujos decretos, mesmo ocultos, procuram submeter-se de todo o coração, como a Deus se submeteu Abraão, que a fé islâmica de bom grado evoca. Embora sem o reconhecerem como Deus, veneram Jesus como profeta, e honram Maria, sua mãe virginal, à qual por vezes invocam devotamente. Esperam pelo dia do juízo, no qual Deus remunerará todos os homens, uma vez ressuscitados. Têm, por isso, em apreço a vida moral e prestam culto a Deus, sobretudo com a oração, a esmola e o jejum." (Documentos do Concílio Vaticano II - Nostra Etate, Parágrafo 3)
De acordo com o Catolicismo Romano, esta igreja nunca erra, e nem o seu sumo-pontífice, o Papa, quando proferem algo sobre fé, moral e costumes:
“Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade. Pelo "sentido sobrenatural da fé", o Povo de Deus "se atém indefectivelmente à fé", sob a guia do Magistério vivo da Igreja.” (Catecismo Da Igreja Católica, Parágrafo 889)
"Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do colégio dos Bispos, por força de seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé ou aos costumes... A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro", sobretudo em um Concílio Ecumênico. Quando, por seu Magistério supremo, a Igreja propõe alguma coisa "a crer como sendo revelada por Deus" como ensinamento de Cristo, "é preciso aderir na obediência da fé a tais definições. Esta infalibilidade tem a mesma extensão que o próprio depósito da Revelação divina." (Catecismo da Igreja Católica, Parágrafo 891)
Existem muitos outros textos que apregoam a infalibilidade papal, e a infalibilidade da igreja, porém para conhecimento de causa estes são suficientes.
A Bíblia é clara em dizer que Jesus é o Filho de Deus; e, a crença em sua Santa Pessoa distinguirão se alguma religião em si adora o Verdadeiro Deus, ou tem um conceito errôneo de seu Ser. O Islamismo tem uma teologia bastante solidificada, que, porém não aceita o Senhor Jesus como Filho de Deus. Mas segundo o texto que comecei esse artigo, a Bíblia exige que honremos Jesus Cristo da mesma forma que honramos o Pai. Vejamos algumas declarações do Alcorão:
“Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está à hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião." (Surata 4:171)
“São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o Messias, filho de Maria. Dize-lhes: Quem possuiria o mínimo poder para impedir que Deus, assim querendo, aniquilasse o Messias, filho de Maria, sua mãe e todos os que estão na terra? Só a Deus pertence o reino dos céus e da terra, e tudo quanto há entre ambos. Ele cria o que Lhe apraz, porque é Onipotente. (Surata 5:17)
“São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o Messias, filho de Maria, ainda quando o mesmo Messias disse: Ó israelitas, adorai a Deus, Que é meu Senhor e vosso. A quem atribuir parceiros a Deus, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso e sua morada será o fogo infernal! Os iníquos jamais terão socorredores.” (Surata 5:72)
“São blasfemos aqueles que dizem: Deus é um da Trindade!, portanto não existe divindade alguma além do Deus Único. Se não desistirem de tudo quanto afirmam, um doloroso castigo açoitará os incrédulos entre eles.” (Surata 5:73)
“O Messias, filho de Maria, não é mais do que um mensageiro, do nível dos mensageiro que o precederam; e sua mãe era sinceríssima. Ambos se sustentavam de alimentos terrenos, como todos. Observa como lhes elucidamos os versículos e observa como se desviam. Pergunta-lhes: Adorareis, em vez de Deus, ao que não pode prejudicar-vos nem beneficiar-vos, sabendo (vós) que Deus é o Oniouvinte, o Sapientíssimo?" (Surata 5:75-76)
“Os judeus dizem: Ezra é filho de Deus; os cristãos dizem: O Messias é filho de Deus. Tais são as palavras de suas bocas; repetem, com isso, as de seus antepassados incrédulos. Que Deus os combata! Como se desviam!” (Surata 9:30)
É... Como vemos é inconcebível que Deus tenha dito uma coisa na Bíblia; e, anos depois contradizer tudo que disse no Alcorão. A Bíblia é enfática em dizer que Jesus é o Filho de Deus:
“Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou- se a ele em sonho, dizendo: "José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo.” (Mateus 1:20 – Bíblia de Jerusalém)
Até os endemoninhados confessavam isso: “E eis que se puseram a gritar: "Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?" (Mateus 8:29 – Bíblia de Jerusalém)
Os discípulos: “Os que estavam no barco prostraram-se diante dele dizendo: "Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!" (Mateus 14:8 – Bíblia de Jerusalém)
O próprio Senhor Jesus: “Jesus respondeu: "Tu o disseste. Aliás, eu vos digo que, de ora em diante, vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu." (Mateus 26:64 – Bíblia de Jerusalém)
Ao afirmar que o Deus em que creem os muçulmanos “falou com os homens”! O Concílio Vaticano II mostra então que considera como autentica a “revelação” transmitida por Maomé no Alcorão! Isto é uma apostasia explícita da Fé cristã que temos aqui, sabendo que a “revelação” exposta no Alcorão contradiz expressamente todas as verdades fundamentais da Bíblia! Isso é confirmado nos documentos do vaticano em outro lugar:
“Mas o desígnio da salvação estende-se também àqueles que reconhecem o Criador, entre os quais vêm em primeiro lugar os muçulmanos, que professam seguir a fé de Abraão, e conosco adoram o Deus único e misericordioso, que há de julgar os homens no último dia. E o mesmo Senhor nem sequer está longe daqueles que buscam, na sombra e em imagens, o Deus que ainda desconhecem...” (Documentos do Vaticano II - Lumen Gentium, Parágrafo 16)
Esta afirmação atribui falsamente aos muçulmanos a adoração do Deus Bíblico, o Deus de Israel, e os inclui enquanto tais na proposta da salvação; afirmação contrária a Bíblia, já que aquele que não adora o verdadeiro Deus não pode ser incluído no plano da salvação. E os muçulmanos não adoram o verdadeiro Deus porque se bem que reconheçam a Deus (Alá: “o Deus”) a criação do “mundo” e do “homem” a partir do nada, assim como os atributos tradicionais de onipotência e de onisciência e se bem que o reconheçam como Juiz do gênero humano no fim dos tempos, não o concebem como Deus Pai, Filho e Espírito Santo que na sua bondade criou o homem à Sua “imagem e semelhança”. Deus no Alcorão nunca é chamado de Pai, de Amor, etc.
QUEM FALOU A MAOMÉ?
De acordo com a tradição Islâmica, Maomé, tinha por hábito passar noites nas cavernas das montanhas próximas de Meca, praticando o jejum e a meditação. Sentia-se desiludido com a atmosfera materialista que dominava a sua cidade e insatisfeito com a forma como órfãos, pobres e viúvas eram excluídos da sociedade. A tradição muçulmana informa que no ano de 610, enquanto meditava numa caverna do monte Hira, Maomé recebeu a visita do “arcanjo Gabriel” (Jibrīl) que o declarou como profeta de Deus. Desde este momento e até à sua morte, em 632, recebeu muitas “revelações”.
Mas como pode um anjo de Deus, declarar a um profeta algo contraditório a sua outra revelação? Quem falou a Maomé foi realmente um “anjo de Deus"? Obviamente não! Foi um demônio disfarçado. O apóstolo Paulo nos ensina:
“E não é de estranhar! Pois o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Por conseguinte, não é surpreendente que os seus ministros se transfigurem em servidores da justiça. Mas o fim destes corresponderá às suas obras.” (2 Coríntios 11:14-15 – Bíblia de Jerusalém))
É essa suposta revelação que o Catolicismo Romano em sua aparência de piedade e paz inter-religiosa ampara? Será que a paz entre os homens tem de ser à custa do Verdadeiro Evangelho? A Bíblia nos exorta:
“Entretanto, se alguém — ainda que nós mesmos ou um anjo do céu — vos anunciar um evangelho diferente do que vos anunciamos, seja anátema." (Gálatas 1:8 – Bíblia de Jerusalém)
Os apologistas católicos costumam dizer que o Vaticano II não foi um concílio dogmático, ou seja, não promulgou doutrinas irrevogáveis. Porém como vimos acima o Papa e a Igreja quando falam de fé, moral e costumes não podem errar. E é isso que a igreja que “supostamente” guiada pelo Espírito Santo, tratou no Concílio. Tais chegam a comparar o Concílio Vaticano II com o Concílio de Jerusalém em Atos 15. Espere! Será que o Concílio de Jerusalém pode ser revogado? Alguma doutrina que foi estabelecida nele pode cair por terra? Se for a autoridade da Bíblia e a inspiração do Espírito Santo estão totalmente em xeque. Obviamente não! Nada na Bíblia é auto-contraditório! Nada na Bíblia cai por terra porque:
“Pois Deus não é um Deus de desordem, mas de paz. Como acontece em todas as Igrejas dos santos (1 Coríntios 14:33 – Bíblia de Jerusalém)
O Catolicismo Romanos, seu Papa, teólogos e apologistas estão enquadrados na advertência Bíblica que reza:
“Todavia, se o profeta tiver a ousadia de falar em meu nome uma palavra que eu não lhe tiver ordenado, ou se ele falar em nome de outros deuses, tal profeta deverá ser morto." Talvez perguntes em teu coração: "Como vamos saber se tal palavra não é uma palavra de Iahweh?" Se o profeta fala em nome de Iahweh, mas a palavra não se cumpre, não se realiza, trata-se então de uma palavra que Iahweh não disse. Tal profeta falou com presunção. Não o temas!” (Deuteronômio 18:20-22 – Bíblia de Jerusalém)
Queridos católicos ouçam a Palavra do Senhor que diz:
“Procurai a Iahweh enquanto pode ser achado, invocai-o enquanto está perto. Abandone o ímpio o seu caminho, e o homem mau os seus pensamentos, e volte para Iahweh, pois terá compaixão dele, e para o nosso Deus, porque é rico em perdão.” (Isaías 55:6-7 – Bíblia de Jerusalém)
Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)
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