terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O DIA NATALÍCIO DO SOBERANO (UMA MENSAGEM DE NATAL)



Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:11)

Ao noticiar o nascimento de Cristo Jesus, o anjo de Deus, explica que, trouxe as boas novas de alegria. A notícia do Salvador possui muito significado a humanidade e aos povos de todas as nações; mas, ela foi revelada primeiramente ao povo antigo de Deus. O Salvador é um título muito empregado para a Pessoa de Jesus devido a sua Obra, sendo chamado de “Cristo, o Senhor”, isso nos mostra a importância geral de sua Santa Pessoa.  

O termo Cristo significa “Ungido” em Grego, assim como “Messias” no termo hebraico. A unção era para serviço especial, como o de um sacerdote ou de um rei. Os judeus, porém, esperavam que um dia Deus enviaria um libertador específico. Não seria simplesmente “um” ungido mas, sim “o” Ungido, o Messias. E é Este que o anjo anuncia. A palavra “Senhor” (tradução do grego KYRIOS) é usada no Novo Testamento somente para Deus, daí a mesma palavra ser empregada ao imperador por seus súditos, pois aquele considerava-se “deus” na Terra. “Cristo, o Senhor”, portanto, descreve o Menino nos termos mais altos possíveis. Descreve-o como Deus-Homem.

Mas como assim? Um menino que necessitava de cuidados? Precisava de amparo como um bebê comum? Este teria o mesmo título de Deus? Ou melhor, esse é o Deus que aplicaria a salvação dos pecados a humanidade? Sim! Cristo Jesus é o Deus de Israel. Ele é preexistente juntamente com o Pai e o Espírito Santo, numa “Triunidade” sempiterna. Esse é o Jesus que devemos conhecer. O Jesus que se fez homem, que nasceu como um de nós, gerado pelo Espírito de Deus; e, que se entregou como um cordeiro mudo, não tendo pecado, fazendo-se como um sacrifício substitutivo por nossas iniquidades:

E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado.” (1 João 3:5)

O apóstolo Paulo nos explica a importância não só apenas de um conhecimento superficial da Pessoa de Jesus, mas sim de algo mais profundo, algo inerente a sua plena natureza. Aquele que andou entre nós, chorou, sentiu fome, sede, frio, sorriu, ensinou, etc., era a plenitude de Deus encarnada. O único alvo da nossa adoração e redenção:

Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. (Colossenses 1:16-18)

O texto nos mostra a supremacia de Cristo e sua glória. O frágil bebê nascido na pequena Belém Efrata (cidade do rei Davi), era o criador do Universo físico e de todo mundo espiritual. Aquele que em tudo tem a primazia.  

Esse é o Cristo que deve nascer em nossos corações. Esse é nosso Deus, Salvador, Intercessor e Advogado. Muitas religiões criam estórias; exaltam pessoas normais – como eu e você -, e repartem com outros redentores e mediadores o lugar inerente somente a Jesus Cristo em nossas vidas. Isso é um falso ensino! Tal como a cosmovisão europeia que, nos apresenta uma falsa comemoração natalina: com suas simbologias, práticas culturais, e a criação de outros ícones que não seja o Deus-Homem, Cristo.

Uma visão correta de Cristo, nos isenta de toda uma gama de erros. Nos faz ter paz com Deus, e, com isso saberemos e aplicaremos o verdadeiro sentido do seu nascimento em nossas vidas. O Senhor Jesus não é um rei bélico como os judeus aguardavam. Alguém que os libertaria do domínio romano.  Não é um curandeiro e um milagreiro apresentado no “evangelho” televisivo de nossos dias. Mas, é um Soberano Salvador, O Ungido que estabeleceu um reino espiritual, em prol de libertar, pela sua misericórdia, os que creem nEle do pecado intrínseco a todos os homens, e da condenação deste. Seu nascimento, ministério e obras é muito maior do que podemos imaginar. Cristo pagou o preço pelas culpas de muitos, para com isso nos abrir a via que teremos acesso ao Pai.

Daí vem a única forma correta de devoção, culto e adoração registrada pelo amado apóstolo João em seu maravilhoso Evangelho:

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 14:6)

Um feliz natal a todos!


Rômulo Lima

Rio de Janeiro - Dezembro de 2015

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