“Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3:13-14 – Almeida Corrigida Revisada Fiel)
Hoje estaremos todos nos felicitando. Outra vez entrando nas confraternizações de Ano Novo. Porém é possível ter um feliz Ano Novo? Podemos realmente ter um novo ano ou será ele tão-somente o velho ano com um número diferente?
Na realidade, o que é novo? Ainda temos as mesmas velhas dívidas, os mesmos problemas, o mesmo emprego, o mesmo mundo, as mesmas pessoas e o mesmo velho “eu”! Na pintura acima "Uma Alegoria da Prudência," o artista Renascentista do século XVI, o veneziano Ticiano Vecellio, retratou a Prudência como um homem com três cabeças: Uma cabeça era a de um jovem virado para o futuro (o cão); a outra de um homem adulto olhando o presente (o leão); e, a terceira era de um homem idoso contemplando o passado (o velho lobo).
Na pintura original, sobre as suas cabeças, Ticiano, escreveu uma frase em latim que significa "Do exemplo do passado, o homem do presente age prudentemente para não pôr em perigo o futuro."
Esse é o exemplo que muito antes, Paulo, nos dá na passagem da carta aos Filipenses. O apóstolo pôde "esquecer" o seu passado e antecipar o seu futuro. Isto não quer dizer que a sua memória tenha sido apagada; quer dizer que Paulo estava livre de qualquer culpa, ou orgulho que possa ter sentido nas suas ações passadas, porque Deus o perdoou. Esta atitude o permitiu viver o presente e "prosseguir para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". Logo, ele tinha uma paixão que o impelia - conhecer melhor a Cristo. Nisto o próprio Paulo prossegue:
“Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo. Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas. Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.” (Filipenses 3:15-21 – Almeida Corrigida Revisada Fiel)
O que pode tornar este novo ano diferente do último? É deixar que Jesus torne-se Senhor da sua vida. Senhor como Mestre, como Deus, como aquele que dita às normas! "Em Cristo... as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas."
Ao encerrarmos o ano precisamos nos dedicar a este Senhor. Jesus irá nos capacitar para vivermos abundantemente no presente, à medida que recebemos sabedoria do passado para enfrentarmos o futuro com coragem.
Muitos se vestirão de branco, pularão sete ondas, comerão lentilhas, comerão doze uvas fazendo um pedido para cada uma, carregarão trevos da sorte, notas novas na carteira, etc., porém só aquele que detém o controle total do futuro é Deus em Cristo Jesus. ABSOLUTAMENTE NADA dessas práticas poderá ajuda-los a ter êxito em seus propósitos. Nossa cultura absorveu costumes Indígenas, Católicos Romanos, das religiões Afro, e, como o país é um berço ideológico muito amplo, o ocultismo da Nova Era encontrou imensa guarida. Isso tornou as práticas religiosas do nosso Brasil completamente esotéricas, fetichistas e míticas.
Você no réveillon passado deve ter feito todas essas coisas. Porém tome novos começos nesse ano. Permita-me partilhar com você quatro novos começos:
Primeiro: Cristo, torna a religião nova porque Ele torna as pessoas novas. Quando vamos a Jesus com total submissão, o eternamente "novo" invade nosso ser e nos refaz o espírito. Ao vivermos com Cristo a cada dia, recebemos nova compreensão de Seu amor e bondade, vislumbres novos daquilo que Ele significa para nós e do que significa viver para Ele.
Segundo: Cristo torna novas as nossas relações sociais. Quando Jesus nos transforma em novas criaturas, vemos as pessoas ao nosso redor de modo diferente. Não as consideramos rivais que precisamos vencer, mas filhos e filhas de Deus a quem podemos amar e anunciar o verdadeiro Evangelho.
Terceiro: Cristo transforma nossos relacionamentos familiares. É absolutamente fantástico o que Jesus pode fazer num lar quando a família dá a Jesus o primeiro lugar em seu coração. Os filhos certamente veem a diferença quando Jesus lidera a família.
Quarto: Cristo altera nossos relacionamentos comerciais. Ele nos capacita a ser francos e honestos em todas as nossas transações.
É assim que Cristo torna novas as coisas – Ele nos ajuda a vê-las sob o devido foco. Igualmente, confiantes em Cristo, façamos do ano novo um ano de novos começos.
"E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus." (Filipenses 4:7)
Feliz Ano Novo
Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)
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