Um dos males que a pós-modernidade têm
nos legado é a questão da opinião e do fato. Por quê? Justamente pela confusão
que se tem tido sobre esses dois termos, e principalmente pela sua aplicação.
Hoje, em diversos programas de tevê, podemos ver pessoas de cosmovisões
totalmente diferentes dissertando sobre o mesmo assunto, e, em nome do
politicamente correto, ambas estão certas.
Sigamos com um pequeno exemplo: Podemos ver um índio xamanista, um artista, um astrólogo e um neopentecostal falando sobre a questão da climatologia num determinado fim de semana. O índio diz que os espíritos da natureza corroboram em cada ente, fazendo com isso que os dias sejam agradáveis; o artista diz que a beleza das manhãs e todo o multicolorido do firmamento evoca um excelente clima; o astrólogo afirma que o movimento das estrelas pode chocar-se com um astral não muito profícuo e isso trazer tempestade; e, o neopentecostal, retruca dizendo que não irá chover “em nome de Jesus!” Usando isso como uma palavra mágica. A pós-modernidade e sua interpretação da realidade faz com que todas essas opiniões estejam certas – e ainda por cima – aplaudidas de pé. Mas será? Vejamos uma definição de opinião.
O pensador pré-socrático Parmênides, formulou duas definições para esse caso. Uma ele chamou de “doxa” (opinião) como algo em oposição ao verdadeiro. E, a outra ele chamou de “episteme” (conhecimento certo). Mas vejamos... É claro que num certo limite, em determinado grupo social, a opinião pessoal, o subjetivismo pode ser aceito: gostar de morango mais do que chocolate; torcer por um determinado time de futebol ao invés de outro; a questão da beleza, da arte, etc. Tudo isso se enquadra no que chamamos subjetivismo, isso porque é o que é dito no popular como “QUESTÃO DE GOSTO!”.
Segundo o filósofo do Direito, Chaïm Perelman, um grupo de opiniões é um conjunto de crenças definidas por um grupo social, e crida por eles, como se fosse verdade no geral, suscitando com isso o senso comum. Podemos notar que Chaïn é bem rígido na questão. Isso porque seus estudos estavam voltados para lógica e retórica - nessa última podemos fazer alguém crer numa opinião errônea somente com a eloquência do nosso discurso. Obviamente nem tudo que é uma opinião basicamente é uma crença errada. Muitas podem entrar em um consenso racional. Porém, sua grande maioria, não.
Agora... Posso dissertar como aceitável e igualmente correta uma preposição que afirma ser a velocidade da luz percorrida do Sol até a Terra, 15 minutos, ao invés dos 8,3 minutos cientificamente confirmados? Ou que vida não provenha de vida e de organismo vivos semelhantes ao original (Lei da Biogênese)? Ou que nos dias atuais a migração dos venezuelanos para o Brasil e para a Colômbia em altíssimo grau, não é uma questão de necessidade socioeconômica? Claro que não! Tudo isso é aferível.
Francis Bacon – o fundador do método indutivo de investigação científica – preocupou-se muito com a utilização do conhecimento na vida prática, e com isso mostrou grande descontentamento com a ideia de pensamento meramente abstrata, ou seja, aquela que não pode ser evidenciada. Até mesmo o que não pode ser repetido, controlado ou observado no sentido cientificista (empírico), carece sim de um aferimento por meio de fontes e analises de registro dos acontecimentos. Seja oral, escrita ou material (como um artefato, por exemplo). Tal método fará com que, gradativamente, deixemos de lado qualquer concepção errônea que tenhamos, e sigamos caminhando em busca da verdade. O achismo, a visão meramente opinativa, em muitos pontos não reflete a realidade.
O pós-modernismo abandonou a ideia de racionalidade e objetividade e aceitou cegamente o relativismo, alienando e alimentando a mente humana com um nutrimento totalmente insalubre.
Sigamos com um pequeno exemplo: Podemos ver um índio xamanista, um artista, um astrólogo e um neopentecostal falando sobre a questão da climatologia num determinado fim de semana. O índio diz que os espíritos da natureza corroboram em cada ente, fazendo com isso que os dias sejam agradáveis; o artista diz que a beleza das manhãs e todo o multicolorido do firmamento evoca um excelente clima; o astrólogo afirma que o movimento das estrelas pode chocar-se com um astral não muito profícuo e isso trazer tempestade; e, o neopentecostal, retruca dizendo que não irá chover “em nome de Jesus!” Usando isso como uma palavra mágica. A pós-modernidade e sua interpretação da realidade faz com que todas essas opiniões estejam certas – e ainda por cima – aplaudidas de pé. Mas será? Vejamos uma definição de opinião.
O pensador pré-socrático Parmênides, formulou duas definições para esse caso. Uma ele chamou de “doxa” (opinião) como algo em oposição ao verdadeiro. E, a outra ele chamou de “episteme” (conhecimento certo). Mas vejamos... É claro que num certo limite, em determinado grupo social, a opinião pessoal, o subjetivismo pode ser aceito: gostar de morango mais do que chocolate; torcer por um determinado time de futebol ao invés de outro; a questão da beleza, da arte, etc. Tudo isso se enquadra no que chamamos subjetivismo, isso porque é o que é dito no popular como “QUESTÃO DE GOSTO!”.
Segundo o filósofo do Direito, Chaïm Perelman, um grupo de opiniões é um conjunto de crenças definidas por um grupo social, e crida por eles, como se fosse verdade no geral, suscitando com isso o senso comum. Podemos notar que Chaïn é bem rígido na questão. Isso porque seus estudos estavam voltados para lógica e retórica - nessa última podemos fazer alguém crer numa opinião errônea somente com a eloquência do nosso discurso. Obviamente nem tudo que é uma opinião basicamente é uma crença errada. Muitas podem entrar em um consenso racional. Porém, sua grande maioria, não.
Agora... Posso dissertar como aceitável e igualmente correta uma preposição que afirma ser a velocidade da luz percorrida do Sol até a Terra, 15 minutos, ao invés dos 8,3 minutos cientificamente confirmados? Ou que vida não provenha de vida e de organismo vivos semelhantes ao original (Lei da Biogênese)? Ou que nos dias atuais a migração dos venezuelanos para o Brasil e para a Colômbia em altíssimo grau, não é uma questão de necessidade socioeconômica? Claro que não! Tudo isso é aferível.
Francis Bacon – o fundador do método indutivo de investigação científica – preocupou-se muito com a utilização do conhecimento na vida prática, e com isso mostrou grande descontentamento com a ideia de pensamento meramente abstrata, ou seja, aquela que não pode ser evidenciada. Até mesmo o que não pode ser repetido, controlado ou observado no sentido cientificista (empírico), carece sim de um aferimento por meio de fontes e analises de registro dos acontecimentos. Seja oral, escrita ou material (como um artefato, por exemplo). Tal método fará com que, gradativamente, deixemos de lado qualquer concepção errônea que tenhamos, e sigamos caminhando em busca da verdade. O achismo, a visão meramente opinativa, em muitos pontos não reflete a realidade.
O pós-modernismo abandonou a ideia de racionalidade e objetividade e aceitou cegamente o relativismo, alienando e alimentando a mente humana com um nutrimento totalmente insalubre.
Rômulo Lima.
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