quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O FINALIDADE DO ANTICRISTO – CEIFAR VIDAS

Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo.” (Mateus 5:21 – Versão: João Ferreira de Almeida Atualizada)

O sistema de governo vigente, usa de várias falácias para tentar de todas as formas a legalização do aborto. Líderes esquerdistas e muitos religiosos “ditos evangélicos” anunciam abertamente essa posição. Há um projeto de lei (desde 2007) em tramitação, que defende o direito de vida ao feto. Este é chamado de Estatuto do Nascituro.

O QUE É O ESTATUTO DO NASCITURO?

O Estatuto do Nascituro é um projeto de lei de número 478 de 2007, que está em tramitação no Congresso Nacional. Proposto pelos Deputados Luís Carlos Bussuma (PV-BA) e Miguel Martini (PHS-MG), o projeto institui direitos civis e penais aos embriões, de modo a dar liberdade de reclamar direito jurídicos e também a proteção do Estado, de dentro ou fora da barriga da mãe, mesmo em casos de fecundação in vitro, mesmo antes da transferência para o corpo da mulher.

Isso quer dizer que, o embrião humano adquire originalidade legal. O estatuto entende que a natureza humana do nascituro já existe desde a sua concepção e também é o que a doutrina majoritária dentro do Direito Civil aceita. Seguindo assim conforme o artigo 3º, do presente projeto de Lei:

Art. 3º O nascituro adquire personalidade jurídica ao nascer com vida, mas sua natureza humana é reconhecida desde a concepção, conferindo-lhe proteção jurídica através deste estatuto e da lei civil e penal.

Parágrafo único. O nascituro goza da expectativa do direito à vida, à integridade física, à honra, à imagem e de todos os demais direitos da personalidade.” (http://rivkaajzental.jusbrasil.com.br/artigos/242114509/da-protecao-do-nascituro-e-do-embriao-excedentario-no-sistema-juridico-brasileiro?ref=topic_feed)

O governo atual e tais “líderes ditos evangélicos” tem se levantado contra esse projeto, alegando que a legalização do aborto pode evitar inúmeros casos de criminalidade; reduzir a taxa de pobreza, como: fome, doenças infantis, mendicância, etc. Além de poupar verbas dos cofres públicos, que, respectivamente, deixaria de aplicar o capital em projetos sociais para essas pessoas que viriam ao mundo. 

Os deputados do PT na comissão chamaram a iniciativa de “bolsa estupro” e disseram que a proposta fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, ao não prever o impacto financeiro. Eles ainda discordaram do mérito, sob argumento de que a proposta representa diminuição dos direitos das mulheres. (http://www.ebc.com.br/noticias/politica/2013/06/comissao-da-camara-aprova-projeto-que-garante-pensao-a-crianca-nascida-de)

Isso causou uma grande polêmica, porquanto a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou o que estabelece o Estatuto do Nascituro, entre outros pontos, o direito ao pagamento de pensão alimentícia, equivalente a um salário mínimo, às crianças concebidas de violência sexual.

Agora eis a questão: Não é papel do Estado zelar pela família e pela vida? Sim! A Constituição de 1988 prevê isso logo em seu preâmbulo:

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.” (http://www.jusbrasil.com.br/topicos/302754/constituicao-federal-de-1988)

Podemos ver que, é papel dos “representantes do povo brasileiro” assegurar os direitos fundamentais e individuais. E, a mesma Constituição vai mais além ao expandir o direito a vida, a criança e ao adolescente:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644726/artigo-227-da-constituicao-federal-de-1988

O aborto é uma opressão ao direito a vida da criança, que ainda não veio ao mundo, porém existe. Essa é a resolução de várias afirmações médicas universais. O ponto central da medicina é a preservação da vida; e, o do Estado de Direito, da família e, da sociedade, garantir que os padrões estejam nos parâmetros de defesa a vida do ser humano em sua concepção. Note essas declarações: 

"O médico há de sempre lembrar-se da importância de preservar a vida humana desde a concepção até a morte" (CÓDIGO INTERNACIONAL DE ÉTICA MÉDICA - Estabelecido em Outubro de 1969)

"O médico deve manter o mais alto respeito pela vida humana, desde a sua concepção” (DECLARAÇÃO DE GENEBRA - Associação Médica Mundial)

Com os atuais conhecimentos da Biologia molecular, da genética e da embriologia, é um fato cientificamente comprovado que a Vida Humana tem início na fusão do óvulo com o espermatozoide, quando se forma o zigoto, que começa a existir e a operar como uma unidade desde o momento da fecundação. Possui um genoma especificamente humano que lhe confere uma identidade biológica única e irrepetível, portanto, uma individualidade de sua espécie. É o executor do seu próprio desenvolvimento de maneira coordenada, gradual e sem solução de continuidade.” (VII Conclave Brasileiro de Academias de Medicina, no Rio de Janeiro, de 7 a 9 de maio de 1998 – Para mais informações: www.fbam.com.br)

Diante disso o governo vigente, vai diametralmente contra um direito de cada ser humano. Ele está absolutamente contrário a resoluções estabelecidas dentro da Federação, como resoluções de órgãos mundiais que seguem a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ante esse ponto o filósofo Antônio Maneghetti declarou-se de forma muito feliz:

Direito é um poder, uma potestade inviolável porque, se se tenta violá-lo, coloca-se a si mesmo contra a natureza. Por exemplo, quando nos encontramos em posição de direito interior, e não o exercemos, advém a culpa, é uma autolesão, porque o ordenamento interno não foi feito pelo homem, mas nasce da posição de ser.” (MENEGHETTI, Antônio. Fundamentos de filosofia. São Paulo: Ontopsicologica Editrice, 2005. Página, 128.)

O defloramento do Direito é uma ação que possui reflexo sobre pessoas, sobre Leis individuais. Nessa mesma ideologia, Dalmo de Abreu Dallari, em sua obra Introdução a Bioética, declarou:

Qualquer ação humana que tenha algum reflexo sobre as pessoas e seu ambiente deve implicar o reconhecimento de valores e uma avaliação de como estes poderão ser afetados. O primeiro desses valores é a própria pessoa, com as peculiaridades que são inerentes à sua natureza, inclusive suas necessidades materiais, psíquicas e espirituais. Ignorar essa valoração ao praticar atos que produzam algum efeito sobre a pessoa humana, seja diretamente sobre ela ou através de modificações do meio em que a pessoa existe, é reduzir a pessoa à condição de coisa, retirando dela sua dignidade. Isto vale tanto para as ações de governo, para as atividades que afetem a natureza, para empreendimentos econômicos, para ações individuais ou coletivas, como também para a criação e aplicação de tecnologia ou para qualquer atividade no campo da ciência.” (http://www.portalmedico.org.br/biblioteca_virtual/bioetica/ParteIIIdireitoshumanos.htm)

Interessante notar que, se uma pessoa assassinar um feto de um animal em extinção, isso constitui-se em crime inafiançável contra a natureza. Esse é o nosso governo! 

A POSIÇÃO CRISTÃ DIANTE DISSO?

Somente com as declarações acima, podemos perceber que, é papel do governo, elaborar programas às mães que não possuem condições de criar seus filhos. O Estado deve oferecer-lhes amparo financeiro, clínico e psicológico durante o período da gestação (mesmo em casos de estupro). Porém, o que fazer diante de líderes religiosos que tomam posição favorável ao aborto? Segui-los? Obviamente não! 

Dos muitos líderes religiosos, há um muito peculiar. O autodenominado “bispo” chamado Edir Macedo, que, por sua vez ampara o plano de governo em vigor. Apoia os programas de aborto, e, isso tudo abertamente! Infelizmente tal líder arrasta multidões para sua religião, e influencia o mesmo número com suas ideias heréticas! Veja as declarações em suas próprias palavras:




Que posição contrária ao do Cristianismo Bíblico! É papel de líderes e teólogos cristãos, apoiar a cosmovisão Bíblica, não ideologias políticas e filosofias espúrias que circulam o pensamento moderno. A Bíblia é totalmente contrária a tal procedimento. Ela entende que a vida começa já na concepção (assim como as declarações universais citadas). E, qualquer um que se diz cristão deve ter isso em mente - e em prática - como norma de fé e moral. Vejamos alguns textos Bíblicos:

Aquele que me formou no ventre não os fez também a eles? Ou não nos formou do mesmo modo na madre?” (Jó 31.15). 

Quanto menos aquele que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima o rico mais do que o pobre; porque são todos obra de suas mãos” (Jó 34.19).

Assim diz o Senhor que te criou e te formou desde o ventre e que te ajudará: não temas ó Jacó, servo meu” (Isaías 44.2). 

Assim diz o Senhor teu Redentor e que te formou desde o ventre: Eu sou o Senhor que faço todas as coisas.” (Isaías 44.24).

Tu possuíste os meus rins, entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles havia ainda.” (Salmo 139.13-16)

Antes que eu te formasses no ventre materno, eu te conheci e antes que saísses da madre, te consagrei; e te constitui profeta às nações.” (Jeremias 1.5).

Percebemos que, a Bíblia, diz que a vida tem início já na sua formação fetal. Qualquer pensamento contrário a isso, constituísse em crime hediondo. É um assassinato brutal e atentado contra uma vida inocente. Por isso na Lei Mosaica existiam cláusulas que protegiam o feto:

Se alguns homens pelejarem e ferirem uma mulher grávida e lhe causarem o aborto, embora não haja morte, certamente serão multados, conforme o que o marido determinar, e pagarão diante dos juízes. Mas, se houver morte, então darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.” (Êxodo 21.22-24).

Um verdadeiro teólogo, pensador e cristão Reformado, João Calvino, em uma de suas preleções, expressou-se de forma muito profícua sobre o aborto, condenando-o segundo a cosmovisão Bíblica:

O feto, mesmo apegado ao ventre da mãe, é contudo um ser humano e é um crime monstruoso roubar-lhe a vida antes que ele possa usufruí-la. Se nos parece mais horrível matar um homem em sua própria casa do que no campo, porque a casa de um homem é o lugar de refúgio mais seguro, deve parecer-nos maior atrocidade destruir um feto no ventre, antes que ele seja dado à luz”.

Até os gregos antigos (pagãos) tinham como ética médica a valorização e a manutenção da vida. Por esse motivo Paulo exclamou:

Porque, quando os gentios, que não te lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei. Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando justamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os..." (Romanos 2:14-15)

Tal assertiva paulina torna-se explícita quando atentamos para o juramento de Hipócrates – considerado Pai da Medicina. Juramento este que todo médico formado o pronuncia (com algumas modificações), para assim exercer a profissão:

"Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higeia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar danos ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva. 

Conservarei imaculada minha vida e minha arte. 

Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. 

Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados. 

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. 

Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça." (Juramento de Hipócrates - Jacques Jouanna Fayard. Paris, 1992)

Mas o “bispo” Edir Macedo nem ensina e pratica o que o Cristianismo Genuíno apregoa; e, muito menos os que os pagãos praticavam. Drástico! Um conselho aos seus correligionários é que parem de ser leigos sublevados por promessas vãs, e deixem de frequentar as “igrejas” de tais líderes. Não sejam néscios guiados por cegos. O próprio reformador João Calvino exclamou: 

A fé não consiste na ignorância, mas no conhecimento.” (João Calvino)

Não sejam incapazes à ponto de virar as costas para o Evangelho, dando ouvidos a pessoas inescrupulosas, que agem de tal forma para terem benefícios políticos e financeiros. É por isso que a Bíblia narra as próprias palavras do Senhor Jesus instruindo-nos enfaticamente:

Pois serão muitos os que virão em meu nome, afirmando: ‘Sou eu’; e iludirão multidões.” (Marcos 13:6)

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada) 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A CONFISSÂO DE FÉ DE WESTIMISNTER REFUTA CLARAMENTE O SONO DA ALMA E O ANIQUILACIONISMO


"E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim. (Gênesis 35:18)

O que somos, de onde viemos e para onde vamos? Essas perguntas são um mistério para Filosofia e para a Ciência Natural; porém, em Teologia, elas possuem respostas fidedignas. Envolvem os elementos que constituem o homem: corpo-alma/espírito. Abrange também a morte, e o destino do homem: céu ou inferno envolvendo também a Soteriologia (Doutrina da Salvação). As perguntas que a Ciência, com todo o seu avanço e conquistas, ainda não conseguiu responder, a Bíblia responde.

A Antropologia Bíblica é de suma importância para o Cristianismo genuíno. Uma falha nessa doutrina pode perverter outras doutrinas essenciais, completamente.  A Confissão de fé de Westminster condensou muito bem no seu capítulo 32 o que é o homem - a coroa da criação de Deus.

Tal Confissão foi a última das confissões formuladas durante o período da Reforma. Até agora tem havido na história da Igreja somente dois períodos que se distinguiram pelo número de credos ou confissões que neles foram produzidos. O primeiro pertence aos séculos IV e V, que produziram os credos formulados pelos concílios ecumênicos de Niceia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia; o segundo sincroniza com o período da Reforma. Os símbolos do primeiro período chamam-se "credos", os do segundo "confissões".

Uma comparação entre o Credo dos Apóstolos, por exemplo, e a Confissão de Westminster mostrará a diferença. O Credo é a fórmula de uma fé pessoal e principia com a palavra "Creio". A Confissão de Fé de Westminster segue o plano adotado no tempo da Reforma, é mais elaborada e apresenta um pequeno sistema de teologia.

Nela, vale ressaltar, sendo esta confissão, uma pequena demonstração da  analise Bíblica, de que o homem é dicotômico, ou seja, formado por duas partes: corpo (parte material), e alma/espírito (parte imaterial). Notemos o capítulo e sua total relação com que a Bíblia nos expressa sobre o homem, sua composição, e seu estado depois da morte.

CAPÍTULO XXXII - DO ESTADO DO HOMEM DEPOIS DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

PARÁGRAFO I. Os corpos dos homens, depois da morte, convertem-se em pó e vêm à corrupção; mas as suas almas (que nem morrem nem dormem), tendo uma substância imortal, voltam imediatamente para Deus que as deu. As almas dos justos, sendo então aperfeiçoadas na santidade, são recebidas no mais alto dos céus onde vêm a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção dos seus corpos; e as almas dos ímpios são lançadas no inferno, onde ficarão, em tormentos e em trevas espessas, reservadas para o juízo do grande dia final. Além destes dois lugares destinados às almas separadas de seus respectivos corpos as Escrituras não reconhecem nenhum outro lugar.

REFERÊNCIAS:

No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.” (Gênesis 3:19)

"Porque, na verdade, tendo Davi no seu tempo servido conforme a vontade de Deus, dormiu, foi posto junto de seus pais e viu a corrupção." (Atos 13:36)

"E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso." (Lucas 23:43)

"E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu." (Eclesiastes 12:7)

"E ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil selados, de todas as tribos dos filhos de Israel." (Apocalipse 7:4)

"Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus." (2 Coríntios 5:1)

"Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor." (2 Coríntios 5:8)

"Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor." (Filipenses 1:23)

"O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio." (Atos 3:21)

"Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas." (Efésios 4:10)

"Então, Jesus bradou com voz forte: “Pai! Em tuas mãos entrego o meu espírito”. E havendo dito isto, expirou."  (Lucas 23:46)

"Assim, enquanto apedrejavam Estevão, este declarava em oração: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito!” (Atos 7:19)

"E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado." (Lucas 16:22-25)

PARÁGRAFO II. No último dia, os que estiverem vivos não morrerão, mas serão mudados; todos os mortos serão ressuscitados com os seus mesmos corpos e não outros, posto que com qualidades diferentes, e ficarão reunidos às suas almas para sempre.

REFERÊNCIAS:

"Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4:17)

"Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor." (1 Coríntios 15:42,43)

"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" (1 Coríntios 15:51,52)

PARÁGRAFO III. Os corpos dos injustos serão pelo poder de Cristo ressuscitados para a desonra, os corpos dos justos serão pelo seu Espírito ressuscitados para a honra e para serem semelhantes ao próprio corpo glorioso dele.

REFERÊNCIAS: 

"Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos." (Atos 24:15)

"Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação." (João 5:28,29)

"Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas." (Filipenses 3:21)

Com esse pequeno esboço exposto, ainda há grupos ditos “reformados”, crendo que a morte é um sono (para parte imaterial do ser humano) e que no dia da ressurreição, nós seremos ressurretos para irmos para os Céus, ou sermos aniquilados. Essas doutrinas são inconcebíveis com o verdadeiro Cristianismo.

Em Cristo

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)

O QUE É A ALMA?


Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma.” (Levítico 17:11 - Almeida Corrigida e Revisada Fiel) 

O ser humano possui parte cabal na escatologia Bíblica. Assim, é de suma importância apresentar um entrosamento a respeito do que é o homem e da sua composição. É muito comum mortalistas, defensores do sono da alma e aniquilacionistas tomarem textos como o supracitado, aplicando um sentido diferente. Uma desconexão hermenêutica na sustentação de que não há no homem uma parte imaterial consciente.  

Nesse aspecto da humanidade não pode haver dúvidas sobre a questão da alma e seu uso na Bíblia. Nas Escrituras um único termo pode ter significados totalmente diversos. Devemos examinar a etimologia, a semântica, o contexto cultural da época, a finalidade de um escrito, para quem foi escrito, a aplicação do que foi escrito, etc.

Tomemos a palavra "alma" e vejamos seu significado etimológico e a gama de aplicações que esse mesmo termo pode ser usado. 

No Antigo Testamento:   נפש (naphash).
No Novo Testamento: ψυχη (psyché).

O verbete "נפש" (naphash) é traduzido por "alma" mais de 500 vezes no Antigo Testamento; e, o verbete "ψυχη" (psyché) é a tradução de "alma", no Novo Testamento, mais de 30 vezes.

Vejamos alguns exemplos e aplicações desse termo tão controvertido:

ALMA COM O SENTIDO DE  “POSSUIDORA DA VIDA”, “SOPRO DE VIDA” ou “FÔLEGO DE VIDA”

Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Gênesis 2:7)

Nesse sentido o termo “alma”, é aplicado tanto aos homens, como aos animais irracionais:

Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus.” (Gênesis 1:20)

E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie: gado, e répteis e bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi.” (Gênesis 1:24)

“E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez.” (Gênesis 1:30)

Nessa aplicação o termo “alma” não difere dos animais. O “fôlego de vida” dos animais é como o ser humano, pois eles também a tem no mesmo sentido. Foi justamente essa aplicação que Salomão fez o seu diagnóstico de “alma” em Eclesiastes:  

Disse ainda comigo: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus os prove, e eles vejam que são em si mesmos como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão. Quem sabe se o fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima e o dos animais para baixo, para a terra?” (Eclesiastes 3:18-21)

Obviamente não se podem conferir os demais animais com o homem, porque este se constitui à imagem e semelhança de Deus:   

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1:27)

ALMA COMO SANGUE OU ELEMENTO PRIMORDIAL DA VIDA FÍSICA:

Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.” (Gênesis 9:4)

Qualquer homem da casa de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós que comer algum sangue, contra ele me voltarei e o eliminarei do seu povo. Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. Portanto, tenho dito aos filhos de Israel: nenhuma alma de entre vós comerá sangue, nem o estrangeiro que peregrina entre vós o comerá. Qualquer homem dos filhos de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós que caçar animal ou ave que se come derramará o seu sangue e o cobrirá com pó. Portanto, a vida de toda carne é o seu sangue; por isso, tenho dito aos filhos de Israel: não comereis o sangue de nenhuma carne, porque a vida de toda carne é o seu sangue; qualquer que o comer será eliminado.” (Levítico 17:10-14)

Obviamente esse mesmo sentido para o termo “alma” como sinônimo de “sangue”, aplica-se também aos animais irracionais.

ALMA COM O SENTIDO DE  “ESTADO PSÍQUICO DO SER HUMANO". 

Essa aplicação refere-se aos vários estados de consciência humana:

ALMA COMO SEDE DO DESEJO E APETITE FÍSICO:

E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito, para que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil.” (Números 21:5)

Porém, consoante todo desejo da tua alma, poderás matar e comer carne nas tuas cidades, segundo a bênção do SENHOR, teu Deus; o imundo e o limpo dela comerão, assim como se come da carne do corço e do veado.” (Deuteronômio 12:15 )

ALMA COMO ORIGEM DAS EMOÇÕES:

Acaso, não chorei sobre aquele que atravessava dias difíceis ou não se angustiou a minha alma pelo necessitado?” (Jó 30:25)

Alegra a alma do teu servo, porque a ti, Senhor, elevo a minha alma.” (Salmos 86:4)

ALMA COMO VONTADE E AÇÃO MORAL: 

No seu conselho, não entre minha alma; com o seu agrupamento, minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua vontade perversa jarretaram touros.” (Gênesis 49:6)

De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.” (Deuteronômio 4:29)

É muito óbvio que o termo “alma” nesse sentido só faz a referência a seres humanos. A pessoas psicológicas! 

ALMA NO SENTIDO DE PESSOA, DE INDIVÍDUO:

E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã.” (Gênesis 12:5)

E os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, eram duas almas. Todas as almas da casa de Jacó, que vieram ao Egito, foram setenta.” (Gênesis 46:27)

Porém qualquer que fizer alguma dessas abominações, as almas que [as] fizerem serão extirpadas do seu povo.” (Levítico 18:29)

Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.” (Ezequiel 18:4)

ALMA COMO EXISTÊNCIA OU VIDA FÍSICA E HUMANA:

Senhor, mataram os teus profetas e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma?” (Romanos 11:3)

Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.” (Coríntios 15:45)

Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos éreis [muito] queridos.” (1 Tessalonicenses 2:8)

ALMA COMO DESEJO E INTENÇÃO PSICOLÓGICA:

Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica.” (Filipenses 1:27)

Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (Atos 4:32)

ALMA COMO EXISTÊNCIA APÓS A MORTE – PARTE IMATERIAL E ETERNA DO HOMEM:  

E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.” (Mateus 10:28)

Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” ( Mateus 16:26)

Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (Lucas 12:20)

Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.” (Apocalipse 6:9)

É nessa última aplicação que os sustentadores de doutrinas estranhas são mais titubeantes. Dão sentidos hermenêuticos completamente distorcidos, e aplicando a “eisegese”, ou seja, levando um conceito ao texto Bíblico.  A parte imaterial e eterna do ser humano foi a causa do autor de Hebreus vociferar:

E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo.” (Hebreus 9:27)

Em Cristo

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O MITO DA PACIFICIDADE ISLÂMICA


O presidente americano, Barack Obama, em um discurso para Cúpula Internacional sobre a Violência e o Extremismo, em Washington, conservou uma gradação de abstrair as ações dos grupos extremistas, como o Estado Islâmico, do Islamismo em si. Propôs a ideia de que o Islamismo não é uma crença maligna, uma ideologia de guerra, mas sim de paz. Nesse discurso ele declarou:

"Não estamos em guerra contra o Islamismo, mas contra aqueles que pervertem o Islamismo."

De igual modo, essa declaração é sustentada pela mídia; pela política internacional de muitos países; pela ONU; por associações como o Nobel (que premiou o terrorista Yasser Arafat, em 1994, com o Nobel da paz); e, principalmente pela religião que possui mais influência no Ocidente: o Catolicismo Romano.

Durante sua visita na Albânia, o carismático Papa Francisco, (na tentativa do Ecumenismo) declarou em seu discurso:

"O clima de respeito e confiança mútua entre católicos, ortodoxos e muçulmanos é um presente precioso ao país", (...) "Isso é especialmente importante nestes tempos em que o espírito religioso autêntico vem sendo pervertido por grupos extremistas e em que diferenças religiosas estão sendo distorcidas e instrumentalizadas", (...) "Não deixem que ninguém se considere o 'guerreiro' de Deus enquanto planeja e realiza atos de violência e opressão".

O mesmo Papa pronunciou-se no dia 1/12/14 a favor do Islamismo, dizendo que o Alcorão “é um livro de paz.” Essa declaração está documentada no site da Rádio Vaticana no link: http://pt.radiovaticana.va/news/1113126

Somente ontem assistindo os telejornais (principalmente os da Globo e Globo News) ouvi inúmeras vezes a declaração: “Os extremistas pervertem a mensagem do Alcorão!!!”. O próprio Jornal Nacional expôs declarações de muçulmanos, colocando-os como vítimas marginalizadas de uma religião pacifista, devido as ações covardes de grupos extremistas. Um dos trechos da reportagem:

“Um dos principais líderes da comunidade islâmica francesa condenou os ataques. “O Islã não pode ser associado a esse tipo de ato. Temos que chamar essas pessoas pelo que são: assassinos que usam a religião apenas para justificar o injustificável", disse o chefe da Grande Mesquita de Paris. Na porta da mesquita, Nabil expõe o medo de muitos no lugar: a discriminação. "O que eles fizeram manchou os muçulmanos, todos sofreremos as consequências". (http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/11/muculmanos-da-europa-temem-o-agravamento-da-discriminacao.html)

Será que todas essas declarações realmente condiz com a cosmovisão islâmica, e com o que a religião propaga desde Maomé e a suposta revelação corânica e o regime dos califas? Veremos.

Há no ocidente uma forte tendência ao pluralismo e ao relativismo entranhada em nossa cultura. Uma grande facilidade a aceitações de credos, fés e ideologias como se tudo pudesse conviver pacificamente, sem haver confrontos de ideias. Muitos sem ao menos conhecerem as verdades fatuais, abraçam esse conceito devido a visão de autoridades, líderes religiosos e imprensa.

MAOMÉ: PERSONALIDADE BIPOLAR – O PACIFISTA ASSASSINO

O Islamismo sofre um grande transtorno bipolar, isso porque a pessoa do seu fundador, o “profeta” Maomé, também o passava. Se analisarmos a vida do fundador do Islã, veremos que há dois momentos cruciais na história, onde o mesmo, apresenta-se de forma totalmente distinta uma da outra. Pela ocasião em que Maomé arrazoou abordando sua nova crença, entendendo ser um “mensageiro de Alá”, ele foi duramente perseguido e odiado por muitos de Meca (cidade onde nasceu em 25 de abril de 571 A.D), pois a sua mensagem era oposta às religiões politeístas do povo, no período em que vivera naquela região.

O encalço contra a mensagem monoteísta, pacifista e religiosa do “profeta” foi freneticamente intenso. Grupos dentro da cidade procuravam tirar-lhe a vida. Tentavam calar sua mensagem, devido ela ser totalmente contra ao modo pervertido em que viviam. Maomé era um religioso devoto, generoso e fiel em ofertas aos pobres. Mesmo em temeridade da sua própria vida, e estando em vigília da escolta devotada dos primeiros muçulmanos para protege-lo - inclusive sob vigilância armada -, a ordem de “Deus” em Meca foi para que ele permanecesse longânime, e não empregasse hostilidade para com os seus contrários.

Após dura perseguição em Meca, alguns dos seus seguidores foram enviados para refúgio na Etiópia. Outros seguiram para uma cidade mais ao norte, Yathiib, onde as pessoas de duas tribos árabes queriam que Maomé fosse também o profeta deles.

O “profeta” viu-se obrigado a fugir de Meca para Medina, sua vida estava totalmente em risco. Lá viveu como líder religioso e político. Sua mensagem cresceu, e seu poderio militar também. Enquanto Maomé habitou em Meca, ele não recebeu nenhuma mensagem “divina” que autorizava a guerrilha armada. Mas, em Medina o meio de sobrevivência de Maomé era o saque. Seu grupo passou a invadir e roubar as caravanas que ali trafegavam, para sustentar todos os seguidores. Isso é confirmado por seu biógrafo mais próximo: Ibn Ishaq: “O próprio profeta tomou parte em 27 invasões bélicas.(Ibn Ishaq, Sirat Rasul Allah – The Life of Muhammad – Tradução A. Guillaume [New York: Oxford Universety Press, 1980] página 659).

Contudo, a seguir, conforme os muçulmanos, a guerra passou a ser admitida pelo suposto “Deus” (Alá)  em Medina, existindo com isso uma altercação dentre os próprios muçulmanos sobre “qual capítulo do Alcorão realmente retratava esta primeira ordem divina para o uso da força” (Ibn Ishaq, Sirat Rasul Allah – The Life of Muhammad – Tradução A. Guillaume [New York: Oxford Universety Press, 1980] página 675).

Após as mensagens “proféticas” em Medina, deu-se início ao terror. Os seguidores cresciam, e o império da morte passava a ser instalado. Pessoas eram assassinadas por pregarem contra Maomé, os que não aceitavam e abandonavam o islamismo caíram aniquilados sem piedade. Judeus, cristãos e desertores do Islã tiveram suas vidas ceifadas pelo próprio “profeta” e seus fieis seguidores:

Então eles se renderam, e o profeta Maomé os confinou em Medina (...) quando o profeta Maomé saiu do mercado em Mediana, cavou trincheiras aos seus arredores. Então, ele os chamou e os decapitou, usando-os nas construções das trincheiras. (...) Havia ao todo seiscentos, ou setecentos, apesar de alguns qualificarem algo de acordo com oitocentos ou novecentos.(Ibn Ishaq, Sirat Rasul Allah – The Life of Muhammad – Tradução A. Guillaume [New York: Oxford Universety Press, 1980] página 464).

A brutalidade passou a ser comum na cosmovisão de Maomé, sendo passada a todos os fieis e os califas sucessores. Um homem chamado Uqba, à beira da morte pelos muçulmanos, esboçou preocupação por seus filhos, bradou: “Quem cuidará das minhas crianças, ó Maomé?” O “profeta” respondeu ao homem condenado que o inferno tomaria conta delas. (Ibn Ishaq, Sirat Rasul Allah – The Life of Muhammad – Tradução A. Guillaume [New York: Oxford Universety Press, 1980] página 464).

Há muitos outros exemplos na biografia do fundador do islamismo, porém me deterei nesses trechos e passarei a expor o que o Alcorão diz sobre a Jihad.

O ALCORÃO PROPAGA A PAZ OU A GUERRA?

Um dos pilares do islamismo é conhecido como Jihad (A Guerra Santa). A palavra árabe Jihad significa "em­penho", e isso pode ser aplicado no empenho do caminho de Deus, no contexto islâmico. Qualquer empenho no sentido de propagar a fé islâmica com os recursos da educação, da tecnologia e outros recursos intelectuais pode se adaptar nessa palavra. Porém, o que mais o Alcorão prega é o sentido de guerra armada. Vejamos os textos que extraí do Alcorão no site da Comunidade Islâmica na Web (http://myciw.org/modules.php?name=Alcorao):

Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo aos incrédulos.”  (Surata 2:191)

Obedeça a Deus e ao Mensageiro. Mas, se se recusarem - então, de fato, Deus não gosta dos descrentes.” (Surata 3:32) 

Infundiremos terror nos corações dos incrédulos, por terem atribuído parceiros a Deus, sem que Ele lhes tivesse conferido autoridade alguma para isso. Sua morada será o fogo infernal. Quão funesta é a morada dos iníquos!” (Surata 3:151)

Esse texto é especificamente contra os cristãos e a doutrina ortodoxa da Trindade.

O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é que sejam mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo.” (Surata 5:23)

São blasfemos aqueles que dizem: Deus é um da Trindade!, portanto não existe divindade alguma além do Deus Único. Se não desistirem de tudo quanto afirmam, um doloroso castigo açoitará os incrédulos entre eles. (Surata 5:73)

Outro texto claro contra cristãos. A princípio o Islamismo odeia a mensagem cristã. Pois consideram-na a pior das perversões contra Deus.

“Constatarás que os piores inimigos dos fiéis, entre os humanos, são os judeus e os idólatras. Constatarás que aqueles que estão mais próximos do afeto dos fiéis são os que dizem: Somos cristãos! porque possuem sacerdotes e não ensoberbecem de coisa alguma.” (Surata 5:82)

Aqui vemos o alimento ao ódio ao povo judeu (antissemitismo), e o termo “idolatra” na maioria das vezes que o Alcorão o emprega, é designado aos cristãos em geral, por adorarmos a Cristo Jesus como Deus (A Segunda Pessoa da Trindade) que se fez carne.

Distancia-te daqueles que tomam a religião por jogo e diversão, a quem ilude a vida terrena, e relembra-lhes que todo o ser será penitenciado pelo que cometer e não terá, além de Deus, protetor, nem intercessor algum; e ainda que ofereça qualquer resgate, não lho será aceito. Os ignóbeis serão entregues ao tormento, pelo que cometeram, e terão, por bebida, água fervente e um doloroso castigo, por sua ignomínia.” (Surata 6:70)

O contexto dessa passagem mostra a ordenança de total afastamento para com os cristãos e a cultura ocidental. Podemos ver isso logo no primeiro verso, que a Surata de número 6 Al An’an (o gado) já se inicia referindo-se subliminarmente contra o Cristianismo:

“Louvado seja Deus que criou os céus e a terra, e originou as trevas e a luz. Não obstante isso, os incrédulos têm atribuído semelhantes ao seu Senhor." (Surata 6:1)

A doutrina Bíblica Cristã que atribui ao Filho e ao Espírito Santo a similaridade e o compartilhamento de uma Única essência divina.

Quantas cidades temos destruído! Nosso castigo tomou-os (a seus habitantes) de surpresa, enquanto dormiam, à noite, ou faziam a sesta.” (Surata 7:4)

Mas quanto os meses sagrados tiverem transcorrido, matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam, observem a oração e paguem o Zakat, abri-lhes o caminho. Sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.” (Surata 9:5)

O Zakat é um valor a ser pago numa escala mínima de 2,5% das entradas financeiras, 5% dos produtos agrícolas, 10% de todos os bens importados. Era o que o convertido ao Islã tinha que “oferecer” para a liderança doar aos pobres ou para causas religiosas, incluindo a Guerra Santa muçulmana (Jihad).

A Surata de número 9 é uma das mais violentas. Ela trata do arrependimento e conversão ao Islã e a punição dos infiéis. Chama-se "At Taubah" (O arrependimento). Ela prossegue:

“Combatei-os! Deus os castigará, por intermédio das vossas mãos, aviltá-los-á e vos fará prevalecer sobre eles, e curará os corações de alguns fiéis...” (Surata 9:14)

Combatei aqueles que não creem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro [judeus e cristãos], até que, submissos, paguem o Jizya.” (Surata 9:29).

Jizya é um imposto per capita cobrado a uma parte dos cidadãos não muçulmanos de um estado islâmico. Ou seja, aqueles que não são islâmicos, não forem mortos e quiserem residir em um país de fundamentação islâmica, deve ser sujeito a esse imposto.

Ó fiéis, em verdade, muitos rabinos e monges fraudam os bens dos demais e os desencaminham da senda de Deus. Quanto àqueles que entesouram o ouro e a prata, e não os empregam na causa de Deus, anuncia-lhes (ó Mohammad) um doloroso castigo.” (Surata 9:34)

Ó Profeta, combate os incrédulos e os hipócritas, e sê implacável para com eles! O inferno será sua morada. Que funesto destino!” (Surata 9:73)

Juram por Deus nada terem dito (de errado); porém, blasfemaram e descreram, depois de se terem islamizado. Pretenderam o que foram incapazes de fazer, e não encontraram outro argumento, senão o de que Deus e Seu Mensageiro os enriqueceram de Sua graça. Mas, se se arrependerem, será melhor para eles; ao contrário, se se recusarem, Deus os castigará dolorosamente neste mundo e no outro, e não terão, na terra, amigos nem protetores.” (Surata 9:74)

Deus cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão mortos. É uma promessa infalível, que está registrada na Tora, no Evangelho e no Alcorão. E quem é mais fiel à sua promessa do que Deus? Regozijai-vos, pois, a troca que haveis feito com Ele. Tal é o magnífico benefício.” (Surata 9:111)

No verso acima segue uma mentira desmedida! Em nenhuma parte da Torá (Pentateuco - os 5 Primeiros livros da Bíblia escritos por Moisés) e dos Evangelhos se lê isso. Somente no Alcorão.

É inadmissível que o Profeta e os fiéis implorem perdão para os idólatras, ainda que estes sejam seus parentes carnais, ao descobrirem que são companheiros do fogo.” (Surata 9:113)

(Ah, se tu pudesses vê-los) quando lhes forem postas as argolas nos pescoços, e forem arrastados com as cadeias.” (Surata 40:71)

Até à água fervente! Logo serão combustível para o fogo.”  (Surata 40:72)

Essas duas passagens é claramente exposta um trato violento para com os infiéis.

E quando vos enfrentardes com os incrédulos, (em batalha), golpeai-lhes os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros. Libertai-os, então, por generosidade ou mediante resgate, quando a guerra tiver terminado. Tal é a ordem. E se Deus quisesse, Ele mesmo ter-Se-ia livrado deles; porém, (facultou-vos a guerra) para que vos provásseis mutuamente. Quanto àqueles que foram mortos pela causa de Deus, Ele jamais desmerecerá as suas obras.” (Surata 43:4)

Não fraquejeis (ó fiéis), pedindo a paz, quando sois superiores; sabei que Deus está convosco e jamais defraudará as vossas ações.” (Surata 47:37)

Mohammad é o Mensageiro de Deus, e aqueles que estão com ele são severos para com os incrédulos, porém compassivos entre si.” (Surata 48:28)


Percebemos que todas essas declarações não condiz com o que os líderes islâmicos (pacifistas), a imprensa, órgãos governamentais e autoridade dos países ocidentais, e o Catolicismo Romano afirmam.

Como é possível uma religião que diz pregar a paz e ter boa convivência com os não-islâmicos perseguir e maltratar milhares de pessoa em todo o mundo? Não há um paralelo entre o comportamento dos atuais muçulmanos (ditos extremistas), a história do fundador e seu “livro sagrado”? Claro que sim.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na cosmovisão islâmica há o seguinte pensamento: "Deus estabeleceu ao longo da história, três religiões: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo". Eles creem que Deus primeiro enviou Moisés para estabelecer o judaísmo, mas os judeus foram desobedientes, Ele os dispersou pelo mundo todo e enviou a Jesus, para estabelecer o Cristianismo. Porém no século V o Cristianismo se corrompeu tanto, que Deus enviou a Maomé para estabelecer o Islã (sua revelação final). Os islâmicos entendem que o Islã incluem tanto o Judaísmo como o Cristianismo e dizem ainda que Abraão era muçulmano. Em sua ideologia, tudo é islamismo.

O maior conselho que tenho a oferecer aos leitores dessa matéria é: não comprem a ideia que vos está sendo divulgada, de que o Islamismo autêntico prega a paz. Os pacifistas dessa religião escolheram ser assim, não por aprenderem no Islamismo, mas por consciência.

Não estamos lidando só com religiosos simplesmente, mas com pessoas que vivem uma religião/política de maneira fanática. É nesse aspecto que precisamos tomar os devidos cuidados. E, ainda com a imprensa, autoridades mundiais e o Catolicismo Romano com sua influência sócio-política, fazendo declarações que não condizem com a verdade sobre o Islamismo, dentre pouco o Islã pode ter um crescimento elevadíssimo no Ocidente, tal como no Oriente, porquanto essa seita é a religião que mais ascende no mundo (daí pressionarem tanto a Europa para estabelecer-se na região).

O que devemos ter em nossa mente é que religiões são criadas por homens. O Cristianismo não é uma igreja, e é bem mais que fé: é uma cosmovisão, uma filosofia de vida. E, essa é a mensagem que os muçulmanos também devem aceitar, que devemos influenciá-los – não sermos influenciados. A mensagem que o querido apóstolo João nos deixou:

Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus (...) Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. (1 João 4: 1-2 e 8-9 – Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel)

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)