Um dos pilares da cultura judaico-cristã é o valor da família tradicional. Mesmo nosso Estado sendo laico, a Constituição entende como entidade familiar um homem e uma mulher, ou a comunidade formada por quaisquer dos pais e seus descendentes. Vejamos:
“Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a
união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei
facilitar sua conversão em casamento.” (Art. 226, §3 – Constituição da
República Federativa do Brasil).
De maneira
nenhuma quero parecer preconceituoso, ou fazer apologia a tal. Cada qual tem
sua liberdade individual, podendo escolher ser gay, lésbica, travesti, transexual
ou quaisquer coisas; contanto que, não exija ter direitos exclusivos por isso,
ou ponha em detrimento o direito de outrem. Mas, venhamos e convenhamos, a
Constituição tem sua razão em defender a entidade familiar tradicional! Tem? Qual?
Como bem explicitava o Dr. Enéias Carneiro: “Se
levarmos as últimas consequências os padrões da ideologia LGBT, a humanidade
entraria em extinção.”.
Aí está a razão de ser: a procriação; gerar descendência; filhos. O Estado,
inspirado pelos valores judaico-cristãos preza e compreende que, a preservação
da espécie e da entidade familiar constituída de duas pessoas com sexos
opostos, vela pela perpetuação da vida humana. Nesse sentido, a própria Carta Magna,
declara como família o exposto por mim logo no primeiro parágrafo:
“Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade
formada por qualquer dos pais e seus descendentes.” (Art. 226. §4 –
CF).
Ou seja,
DESCENDENTES, defender a vida e gerar pessoas é o objetivo de ser deste artigo
na Carta. O politicamente correto nos dias atuais não pensa assim. A ideologia
de gênero tenta de todas as formas denigrir (e destruir) esse conceito. A cosmovisão
marxista-gramsciana procura, pela cultura (daí a alcunha Marxismo Cultural),
derrubar totalmente a família tradicional, pois Marx entendia ser esta uma instituição
burguesa:
"Sobre quais
fundamentos se assenta a família atual, a família burguesa? Sobre o capital,
sobre o lucro privado. A família plenamente desenvolvida existe somente na
burguesia..." (Manifesto do Partido
Comunista, pg. 63 – Editora Martin Claret).
Na mente de
Karl Marx haveria uma melhora econômica abolir a família. Ao atacar-se
a propriedade privada, logo seria relativamente fácil a queda de valores
tradicionais:
“A família do burguês cai naturalmente com a queda desse seu
complemento, e ambos desaparecem com o desaparecimento do Capital” (Ibidem).
O impacto que tal pensamento
tem, é de tal grandeza que, para adentrar na sociedade ocidental, ele teve que
ser travestido de politicamente correto; ou seja, dominar a cultura com o
pensamento de Antônio Gramsci, que dizia: “É necessário que todos sejam Socialistas,
mesmo que não se deem conta.”; “Não invadam quartéis, invadam escolas.”
E, este conseguiu! Nossa cultura de massa é totalmente
dominada por conceitos tais. Um exemplo disso está no “artista” fabricado pela Rede
Globo de Televisão, Pabllo Vittar. Há uma grande promoção envolvendo tal “artista”
com a ideologia LGBT. É tudo que a mídia (encabeçada pela Globo) precisava:
enxertar nas crianças e jovens suas ideias. Daí quando menos perceberem, eles estarão
achando tudo normal. Isso fica nítido quando, com um olhar filosoficamente
atento, assistimos o clipe da “música” Paraíso com o “cantor” Lucas Lucco.
Segue o vídeo:
Quem assistiu, poderá
perceber que todo cenário evoca a ideia de um “casal” vivendo os prazeres de um
lugar paradisíaco. As benesses de um ambiente perfeito! Engraçado que para mim,
lembrou-me de imediato o Éden bíblico. Lembrou-me diretamente que, o que está
em pauta, é a desconstrução de um relacionamento hétero, para um relacionamento
homoafetivo, suprimindo os relatos de Gênesis que constitui a família
tradicional e abençoa a frutificação:
A mídia – com seu politicamente correto - não cessará de tentar construir os valores aos moldes LGBTs enquanto a cultura, educação e costumes brasileiros não tomar outros rumos: educarmos nossas crianças com valores hoje esquecidos; elegermos políticos sérios; abolirmos a ideologia comunista de nossas terras; de todos os nossos padrões de vida; e, retornarmos principalmente o valor da moral judaico-cristã; pois, como Fiódor Dostoiévski relatou (por sua personagem Ivan) no romance “Os Irmãos Karazoamv”:
“... de sorte que se destruís no homem a fé em sua imortalidade (na crença em Deus - grifo meu),
não somente o amor secará nele, mas também a força de continuar a vida no
mundo. Mais ainda, não haverá então nada de imoral, tudo será autorizado...”. (Dostoiévski - Os Irmãos Karamazov,
pg. 68 – Editora Martin Claret)
Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)
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