quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

PARAÍSO?


 “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1:27).


Um dos pilares da cultura judaico-cristã é o valor da família tradicional. Mesmo nosso Estado sendo laico, a Constituição entende como entidade familiar um homem e uma mulher, ou a comunidade formada por quaisquer dos pais e seus descendentes. Vejamos:

“Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.” (Art. 226, §3 – Constituição da República Federativa do Brasil).

De maneira nenhuma quero parecer preconceituoso, ou fazer apologia a tal. Cada qual tem sua liberdade individual, podendo escolher ser gay, lésbica, travesti, transexual ou quaisquer coisas; contanto que, não exija ter direitos exclusivos por isso, ou ponha em detrimento o direito de outrem. Mas, venhamos e convenhamos, a Constituição tem sua razão em defender a entidade familiar tradicional! Tem? Qual? Como bem explicitava o Dr. Enéias Carneiro: “Se levarmos as últimas consequências os padrões da ideologia LGBT, a humanidade entraria em extinção.”.

Aí está a razão de ser: a procriação; gerar descendência; filhos. O Estado, inspirado pelos valores judaico-cristãos preza e compreende que, a preservação da espécie e da entidade familiar constituída de duas pessoas com sexos opostos, vela pela perpetuação da vida humana. Nesse sentido, a própria Carta Magna, declara como família o exposto por mim logo no primeiro parágrafo:

“Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.” (Art. 226. §4 – CF).

Ou seja, DESCENDENTES, defender a vida e gerar pessoas é o objetivo de ser deste artigo na Carta. O politicamente correto nos dias atuais não pensa assim. A ideologia de gênero tenta de todas as formas denigrir (e destruir) esse conceito. A cosmovisão marxista-gramsciana procura, pela cultura (daí a alcunha Marxismo Cultural), derrubar totalmente a família tradicional, pois Marx entendia ser esta uma instituição burguesa:

"Sobre quais fundamentos se assenta a família atual, a família burguesa? Sobre o capital, sobre o lucro privado. A família plenamente desenvolvida existe somente na burguesia..." (Manifesto do Partido Comunista, pg. 63 – Editora Martin Claret).

Na mente de Karl Marx haveria uma melhora econômica abolir a família. Ao atacar-se a propriedade privada, logo seria relativamente fácil a queda de valores tradicionais:
A família do burguês cai naturalmente com a queda desse seu complemento, e ambos desaparecem com o desaparecimento do Capital” (Ibidem).
O impacto que tal pensamento tem, é de tal grandeza que, para adentrar na sociedade ocidental, ele teve que ser travestido de politicamente correto; ou seja, dominar a cultura com o pensamento de Antônio Gramsci, que dizia: “É necessário que todos sejam Socialistas, mesmo que não se deem conta.”; “Não invadam quartéis, invadam escolas.”  
E, este conseguiu! Nossa cultura de massa é totalmente dominada por conceitos tais. Um exemplo disso está no “artista” fabricado pela Rede Globo de Televisão, Pabllo Vittar. Há uma grande promoção envolvendo tal “artista” com a ideologia LGBT. É tudo que a mídia (encabeçada pela Globo) precisava: enxertar nas crianças e jovens suas ideias. Daí quando menos perceberem, eles estarão achando tudo normal. Isso fica nítido quando, com um olhar filosoficamente atento, assistimos o clipe da “música” Paraíso com o “cantor” Lucas Lucco. Segue o vídeo:

Quem assistiu, poderá perceber que todo cenário evoca a ideia de um “casal” vivendo os prazeres de um lugar paradisíaco. As benesses de um ambiente perfeito! Engraçado que para mim, lembrou-me de imediato o Éden bíblico. Lembrou-me diretamente que, o que está em pauta, é a desconstrução de um relacionamento hétero, para um relacionamento homoafetivo, suprimindo os relatos de Gênesis que constitui a família tradicional e abençoa a frutificação:

“E Deus os abençoou (o primeiro casal – grifo meu), e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gênesis 1:28)

A mídia – com seu politicamente correto - não cessará de tentar construir os valores aos moldes LGBTs enquanto a cultura, educação e costumes brasileiros não tomar outros rumos: educarmos nossas crianças com valores hoje esquecidos; elegermos políticos sérios; abolirmos a ideologia comunista de nossas terras; de todos os nossos padrões de vida; e, retornarmos principalmente o valor da moral judaico-cristã; pois, como Fiódor Dostoiévski  relatou (por sua personagem Ivan) no romance “Os Irmãos Karazoamv”:  
“... de sorte que se destruís no homem a fé em sua imortalidade (na crença em Deus - grifo meu), não somente o amor secará nele, mas também a força de continuar a vida no mundo. Mais ainda, não haverá então nada de imoral, tudo será autorizado...”. (Dostoiévski - Os Irmãos Karamazov, pg. 68 – Editora Martin Claret)


Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)