Nos tempos da confissão positiva, há muitos pregadores por aí apregoando poderes místicos, sobrenaturais e sobre-humanos a palavras proferidas por cristãos - ou até mesmo por pessoas não cristãs. Usam a passagem do livro de Provérbios para sustentar suas teorias, e ainda ensinam tal, levando assim multidões ao erro.
Isso faz com que o "falador" obtenha cautela e sobriedade. A locução "se fartará" pode ser entendida como "se sacia", "se saciará" no sentido, bom ou ruim, depende do cuidado que se toma, e do que se fala. Por isso as palavras do Senhor Jesus:
"Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca." (Mateus 12:34)
"Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem." (Mateus 15:18)
"O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca." (Lucas 6:45)
Isso é confirmado com o ensino apostólico: "Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã." (Tiago 1:26)
Nos tempos Bíblicos (tanto na era salomônica quanto nos dias do Novo Testamento) a palavra, a fala, a promessa etc., possuíam um alto grau de dignidade e sentimentos onde se percebia o caráter do locutor. Paulo certa feita delatou:
"Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado." (2 Coríntios 6:11)
Notamos que na atitude do Apóstolo em expor palavras aos coríntios há uma associação com o amor e a sinceridade (sentimentos) que são influencias internas de quem profere. Parafraseando um entendimento salutar do verso seria que “o homem precisa responder por aquilo que declara, e sofrer as consequências das suas palavras”. Não o sentido de que há poder místico nas palavras de qualquer ser humano.