sábado, 31 de outubro de 2020

A REFORMA PROTESTANTE

 


Historicamente, a Reforma Protestante foi um movimento religioso que houve no centro da igreja ocidental, e que tem como marco o dia 31 de outubro de 1517. Esse movimento foi uma convocação à liberdade e um retorno às doutrinas bíblicas apostólicas.

Com o decorrer de XV séculos da igreja cristã, muitas doutrinas estranhas ao cristianismo primitivo foram adentrando naquela, tais como: oração aos mortos; veneração aos santos e a Maria; uso de velas; o papado; Maria como corredentora, etc., mas, seu estopim foi, certamente a venda de indulgências, ou seja, de um documento papal, criado por Leão X para sustentar economicamente a construção da basílica de São Pedro, que anistiava qualquer comprador do pecado cometido, ou que ainda iria realizar.

Porém, a atitude de uma reforma, no sentido religioso-doutrinário, pode ser percebido anteriormente já em alguns grupos divididos dentro da igreja (então católica romana), como os albigenses e os valdenses. Também com pensadores em particular como John Wycliff no século XIV; Jon Huss no fim do século XIV ao início do XV; Jerônimo Savonarola no fim do século XV; e,  William Tyndele no fim do século XV e início do século XVI.

Esses foram os impulsionadores para a ação de Lutero que tomou posição com as suas Noventa e Cinco Teses, pregadas na porta de Wittenberg, a Reforma posicionou-se no centro do palco - cena europeia. A iniciativa de Lutero teve prosseguimento com os labores de Melanchton, Zwinglio, Calvino e João Knox. 

A influência da Reforma é inegável em todo mundo, pois com esse brado ao retorno as Escrituras, as estruturas políticas, econômicas e culturais foram modificadas, e o mundo pode então libertar-se do jugo do romanismo, de suas doutrinas extravagantes e da sua influência negativa no Estado e na vida das pessoas. O prólogo da democracia ocidental e o avanço das ciências tiverem então sua gênesis, juntamente com o retorno ao verdadeiro culto a Deus.


Rômulo Lima


PS: Assista o filme que narra a história de Lutero e o advento da Reforma Protestante no link: 

https://redecanais.app/lutero-dublado-2003-1080p_80d9739b0.html

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

JESUS CRISTO ERA COMUNISTA?

 


“Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”
(Amós 3:3)

 

Como azeite e água não se misturam, o Cristianismo e o Comunismo são incompatíveis. Poderia alargar-me explicando a Cosmovisão Cristã e a Comunista analisando tópicos e pontos, porém, deixarei que os “PENSADORES E HERÓIS COMUNISTAS” falem por si, e, tomando suas próprias palavras ponderem se há alguma compatibilidade com os ensinamentos de Cristo.

 

Comecemos por Karl Marx:

 

"A religião é a impotência da mente humana para lidar com ocorridos que ela não consegue compreender." (Karl Marx)

 

“Abolição da família! Até os mais radicais ficam indignados diante desse desígnio infame dos comunistas. Sobre que fundamento repousa a família atual, a família burguesa? No capital, no ganho individual." (Karl Marx)

 

"A família, na sua plenitude, só existe para a burguesia, mas encontra seu complemento na supressão forçada da família para o proletário e na prostituição pública." (Karl Marx)

 

"A família burguesa desvanece-se naturalmente com o desvanecer de seu complemento. E uma e outra desaparecerão com o desaparecimento do capital.” (Karl Marx)

 

O pensador de maior influência na Esquerda brasileira. Um verdadeiro GÊNIO DO MAL - Antônio Gramsci:

 

“Você destrói a família; você destrói a escola; você destrói a igreja; você destrói os sindicatos – a não ser o seu próprio; você destrói os partidos políticos – a não ser o seu próprio; você destrói o Estado; você destrói a Economia; aí você toma o Estado e acaba com a oposição; acabando com a oposição aí você conquista toda a sociedade.” (Gramsci)

 

Vladimir Lênin:

 

"Destrua a família, e destruirás o país." (Lênin)

 

"A maneira de esmagar a burguesia é moê-la entre as mós da taxação e inflação." (Lênin)

 

"É verdade que a liberdade é preciosa; tão preciosa que deve ser cuidadosamente racionada." (Lênin)

 

“Precisamos odiar. O ódio é a base do comunismo. As crianças devem ser ensinadas a odiar seus pais se eles não são comunistas.” (Lênin)

 

“Somos favoráveis ao terror organizado – isto deve ser admitido francamente.” (Lênin)

 

"Chame-os do que você é, acuse-os do que você faz." (Lênin)

 

Joseph Stalin:

 

"Gratidão é uma doença sofrida por cachorros." (Joseph Stalin)

 

"Educação é uma arma cujos efeitos dependem em quem a tem em mãos e a quem ela é dirigida." (Joseph Stalin)

 

Che Guevara:

 

“O ódio intransigente ao inimigo, que impulsiona o revolucionário para além das limitações naturais do ser humano e o converte em uma efetiva, seletiva e fria máquina de matar: nossos soldados têm de ser assim.” (Che Guevara)

 

"Até agora os camponeses não foram mobilizados, mas, através do terrorismo e da intimidação, nós os conquistaremos." (Che Guevara)

 

Creio que das centenas de frases dos teóricos e heróis comunistas, somente estas poucas, já nos mostra que não há compatibilidade de ideias entre Cristianismo e Comunismo. A ideologia comunista é uma máquina de matar, manipular, oprimir e sufocar liberdades, família, religião, bem-estar e tudo que há de mais salutar no mundo para o usufruto humano. Já o cristianismo prega:

 

“Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.”  (1 João 4:7-8)

 

Rômulo Lima

sábado, 24 de outubro de 2020

DE JERUSALÉM A METRÓPOLES (SUPERMAN – UM TIPO DE CRISTO)


 

Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!”  

(Apocalipse 1:7).

 

Em sua obra Assim Falava Zaratustra, o ateu Frederick Nietzsche, formulou a ideia do Além-Homem, do Super-Homem. Um ser humano que poderia modificar o conceito de Ética universal e, torná-la pluralista, subjetivista. Nietzsche chamou esse homem superior de Übermensch.

Ele acreditava que a geração de Zoroastro (Zaratustra), poeta e “profeta” persa, por intermédio do seu porta-voz, seria o responsável por preparar o caminho do Super-Homem. O que o filósofo alemão esperava era que seu conceito de ética pluralista, ganhasse o ocidente e que as marcas deixadas pelo SUPER-HOMEM da tribo de Judá viessem a ser suprimida (no caso a Ética Cristã). Porém o impacto na cultura e no modus vivendis da civilização ocidental é sustentado por essa Ética de maneira ímpar.

De forma brilhante, os artistas (de origem judaica) Jerry Siegel e Joe Shuster, tomaram a ideia de Übermensch e fundiu-na com a história de Jesus, criando o meta-humano “Kal-El” de Krypton, o Superman.

 

O nome:

O próprio nome kryptoniano do herói já nos mostra a tipologia: “kal” é uma variação de “kah”, que do aramaico significa “filho”, e, “El” por sua vez significa Deus. O significado do nome do seu pai biológico, Jor-El, que é uma forma do nome bíblico Joel, é “O Senhor é Deus”.

Mas as semelhanças não param por aí. Os superpoderes do homem de aço são todos derivados de atributos de Cristo:

 

A visão de calor:


“E os seus olhos eram como chama de fogo” (Apocalipse 19:12)   


João, ao narrar uma de suas visões do Cristo glorioso, descreve-o com os olhos flamejantes como chamas de fogo. Não seria isso a visão de calor do Superman? Sim.

 

O sopro:


...e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;” (2 Tessalonicenses 2:8)  


Paulo também, ao descrever a vinda do Senhor Jesus, quando o iníquo for revelado, diz que Cristo fulminará o inimigo com o sopro de sua boca. Siegel e Shuster remeteram tal texto ao super-sopro do herói.

 

Origem fora da terra:


No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (João 1:1)


Superman é um ser que não tem sua origem na Terra, mas em outro planeta. Viajou milhares de quilômetros até parar aqui. Cristo, da mesma maneira, existia de forma sempiterna com o Pai:


Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou.” (João 8:58)

 

A capa vermelha do herói faz alusão ao manto de sangue de Cristo:


E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.” (Apocalipse 19:13)

 

A capacidade de enxergar além do alcance:


E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.” (Apocalipse 2:23)

 

 

 A força sobrenatural:


Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.” (Apocalipse 1:8)

 

O padrão moral:

 

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;” (Efésios 5:1)


Segundo Aristóteles, o comportamento moral de alguém era aferido não pelo conceito, mas pela prática e as pessoas virtuosas deveriam ser imitadas. Cristo foi perfeito em seu comportamento, digno de ser imitado. Superman é um exemplo moral a ser seguido em suas histórias.


O salvador: 


“...e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, (Lucas 1:47)


Superman está disposto a salvar, tanto bandidos como inocentes, e sua presença provoca uma euforia e imensa alegria em todos os lugares que o herói vá. Assim como Cristo salva quem se chegar a Ele, enxugando toda lágrima e extinguindo a dor:


E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas. (Apocalipse 21:4)

 

Como vimos nesses pequenos exemplos, Superman é um tipo de Cristo, uma figura. Algo que aponta para um original. A Bíblia é um livro que usa muito a linguagem tipológica. Jesus Cristo possui vários tipos dentro da própria Bíblia e a cultura ocidental nos legou outros tantos, tal como essa personagem magnifica que encanta não só os desenhos animados mais os cinemas. Porém, quando um tipo é criado, sua intenção sempre é lançar luz a outra figura. Essa é o que nós devemos buscar e conhecer em todos os pormenores, como o próprio SUPER-HOMEM original disse:

 

“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. (Mateus 11:29)

 

Rômulo Lima


terça-feira, 20 de outubro de 2020

PEDRA VISÍVEL (...) ADVERSÁRIO VISÍVEL? (RÁPIDA ANÁLISE DE MATEUS 16:18)

 


Também eu te digo que tu és Pedro, " e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela.”  (Mateus 16:18 – Bíblia de Jerusalém)

 Creio que um dos textos mais conhecidos nos círculos cristãos é essa declaração do Senhor Jesus a respeito da edificação de Sua Igreja. Porém sem sombra de dúvidas esse texto é um dos mais erroneamente interpretados e base para uma estrada de heterodoxias.

Não me deterei na análise exegética do texto, ou seja, sua interpretação voltada para o idioma original; mas mesmo assim quero fazer uma pequena observação: “Petros” (Palavra original do substantivo próprio “Pedro”) significa “pedra”; “petra” (palavra original do substantivo simples “pedra” ) significa “pedra”; o nome próprio “Pedro” significa etimologicamente “pedra”. Porém  a questão aqui não é o significado etimológico das palavras, mas o sentido semântico aplicado na oratória do Senhor Jesus, o jogo de palavras usado. Por isso o fato de apelar para o aramaico “Cefas” - que pode ser usado tanto para “Petros” quanto “petra” – não adiantará de nada! Mas os contextos, sim!  

Se há diferença na grafia das palavras (pois o escritor inspirado às grafou em grego), e há no discurso distinção entre elas, é um claro sinal de que há diferenciação no uso dos termos; mas os amigos católicos romanos não aceitam de maneira nenhuma tal interpretação.  Então vamos analisar tão somente os contextos e veremos quem caminha nas verdades Bíblicas: Os Reformados ou os Romanistas.

Em Mateus 16:13-20 encontra-se  toda a parte da escritura que trata da profissão de fé de Pedro. A caminho de Cesareia de Felipe, o Senhor Jesus começa a interrogar seus discípulos sobre quem ele era. Houve várias descrições erradas, até que Simão Pedro toma a palavra e declara: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo.” (Mateus 16:16b –Bíblia de Jerusalém)

Há uma razão irrefutável para todo o cristão aceitar que a PEDRA sobre a qual a IGREJA está edificada seja a declaração proferida por Simão Pedro: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo.” (Mateus 16:16b –Bíblia de Jerusalém); e, consecutivamente, o Senhor Jesus.

Os católicos nunca deixam de esclarecer que Jesus é a Pedra, porém a “Pedra invisível”, enquanto Pedro é a “pedra visível”. Isso tem alguma lógica? A resposta é um sonoro: Não!

Só para recordar, vamos à declaração do Catecismo Católico sobre a passagem. E, a tentativa de sustentação da doutrina de Sucessão Apostólica, Autoridade Infalível, Guia da Igreja, Vigário de Cristo, etc:


No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar. Jesus confiou-lhe uma missão única. Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na ocasião: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Cristo, "Pedra viva"; garante a sua Igreja construída sobre Pedro a vitória sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada, permanecerá como a rocha inabalável da Igreja. Terá por missão defender esta fé de todo desfalecimento e confirmar nela seus irmãos.” (Catecismo da igreja Católica, Parágrafo: 552)

O Senhor Jesus realmente proferiu uma profícua declaração ao seu discípulo; uma palavra de promessa e amabilidade. Mas foi sobre a pessoa de Pedro, ou sobre a confissão de Pedro? Certamente foi sobre sua confissão! Vejamos.

Quatro versículos à frente, o Senhor Jesus, depois de ter esclarecido a identidade sobre sua Pessoa, ou seja, que Ele era o Messias, o Redentor de Israel; começou a dissertar sobre Obra que realizaria:

A partir dessa época, Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse muito por parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos escribas, e que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia. “ (Mateus 16:21 – Bíblia de Jerusalém)

 Novamente Pedro toma a Palavra: “Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: "Deus não o permita, Senhor! Isso jamais te acontecerá!" (Mateus 16:22 – Bíblia de Jerusalém)

Qual foi o posicionamento do Senhor Jesus sobre essa declaração de Simão Pedro? Ele aprovou novamente? Não! Ele repreendeu duramente o discípulo, dando uma das mais tristes declarações que poderia ter proferido diretamente a uma pessoa:

Ele, porém, voltando-se para Pedro, disse: "Afasta-te de mim, Satanás! Tu me serves de pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas as dos homens!" (Mateus 16:23 – Bíblia de Jerusalém)

Ora! O que é isso?! O discípulo que foi aparentemente enaltecido pelo Deus Filho, pelo Redentor, pelo Grande Eu Sou!... A suposta “pedra visível” que a igreja católica está fundamentada, agora recebe uma palavra dessas!

A Palavra Satanás significa: “adversário”, “opositor”, “inimigo”, “oponente”, etc. Será que Pedro é Satanás? Pois a palavra é proferida diretamente a ele: “Ele (Jesus), porém, voltando-se para Pedro, disse: "Afasta-te de mim, Satanás!”. Pedro é  o oponente visível da igreja? Obviamente não! O mesmo sentido do discurso na declaração de Nosso Senhor em Mateus 16:18 é o sentido de Mateus 16:23; sendo, o primeiro para declarar uma promessa, e, o segundo para a repreensão. Ambos estavam relacionados a DECLARAÇÃO que o apóstolo Pedro proferiu, e não a pessoa deste.

Queridos(as) amigos(as) católicos(as) o Papismo não está interessado que você examine o texto, que chegue a interpretação correta deste; mas sim que você seja guiado e sublevado pela interpretação que eles criaram. A instituição católica usa de domínio e exclusividade na interpretação justamente para isso. Se você interpretar por si e chegar ao conhecimento correto (pois é o Espírito Santo que dá o entendimento), verá que eles manipulam o texto, o isolam, em prol de sustentar sua interpretação esdrúxula. O Próprio Pedro entendeu o que o Senhor Jesus quis dizer. Ele sabia que não era Satanás, e sabia que não era o fundamento da Igreja, mas sim sua confissão:

Chegai-vos a ele, a pedra viva, rejeitada, é verdade, pelos homens, mas diante de Deus eleita e preciosa. Do mesmo modo, também vós, como pedras vivas, constituí-vos em um edifício espiritual, dedicai-vos a um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus por Jesus Cristo. “ (1 Pedro 2:4-5 – Bíblia de Jerusalém)

Todos que confessam unicamente Jesus como seu Senhor e Salvador; que segue o exemplo de Pedro em sua declaração: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo.” (Mateus 16:16b –Bíblia de Jerusalém), é uma pedra viva da Igreja! Constitui-se numa pedra alicerçada na PEDRA: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo.

A doutrina criada por esses homens consistem em mantê-los ofuscados para a Bíblia; deixa-los incapacitados para chegar a uma conclusão guiada pelo Espírito, mas tão-somente a explicação que eles querem. Não sejamos inocentes! Sigamos a exortação do próprio amado Pedro que diz:

Vós, portanto, amados, sabendo-o de antemão, precavei-vos, para não suceder que, levados pelo engano desses ímpios, venhais a cair da vossa firmeza. Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória agora e até o dia da eternidade! Amém.” (2 Pedro 3:17-18 – Bíblia de Jerusalém)

 

 

Rômulo Lima

 

 

 

 

 


quinta-feira, 23 de abril de 2020

JORGE DA CAPADÓCIA: UM VERDADEIRO CRISTÃO



Não terás outros deuses diante de mim.” (Êxodo 20:3)

Esse pequeno verso bíblico, resume toda crença do fiel soldado romano Jorge. Filho de pais crentes, da nobre família de Anice, Jorge foi educado com primor dentro da cosmovisão do cristianismo dos primeiros séculos. Um cristianismo genuíno. Despido da mitologia e do fetichismo que vemos hoje. Um fiel e verdadeiro cristão.

Segundo o autor Edward Clapton, Jorge nasceu na região central da Anatólia, conhecida como Capadócia, Depois da morte de seu pai, ele mudou-se com sua mãe para Lida (região da Palestina), cidade de origem de sua genetriz. Na adolescência, Jorge ingressou no exército romano, e, devido sua competência ele logo ascendeu na profissão, galgando cargos de capitão, tribuno e chegando a ser conde, integrando à própria guarda pessoal do então imperador Diocleciano.

O Império Romano vivia tempos de grande perseguição contra o cristianismo, pelo fato dos cristãos não praticarem a imperiolatria (culto ao imperador) e a religião da Roma pagã. Isso fez com que Diocleciano, instigado por súditos, promulgasse diversas medidas persecutórias, removendo cristãos de cargos públicos, destruindo congregações, e, até mesmo obrigando-os a entregar Escritos Sagrados às autoridades para serem queimados.

Jorge, com imensa coragem, foi à frente do imperador, e na presença de diversos súditos da corte, assumiu ser cristão, deixando então Diocleciano perplexo, pelo fato de ver um dos seus melhores subordinados, fiel à religião que tanto detestava. Persuadiu Jorge com riquezas, territórios e servos, mas, o valoroso soldado não abdicou de sua fé por coisas transitórias. O imperador então resolve submetê-lo a castigos e torturas, esperando que Jorge renegasse suas crenças, mas o mesmo era cada vez mais intrépido sabedor de que glória maior o aguardava. Foi degolado depois de incontáveis sofrimentos.

Vemos que Jorge conhecia muito bem a argumentação de Cristo Jesus quando o Senhor disse ao Tentador:

Então lhe disse Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” (Mateus 4:10)

Diante desse pequeno texto, analisemos: Porventura, Jorge compactuaria com um determinado culto, veneração (de inclinação religiosa), sincretismo e demais procedimentos que sua imagem, hoje, está relacionada? Os mitos e lendas, que desde a Idade Média, foram criados com sua persona: a princesa e o dragão; armas mágicas, fazer morada na Lua e outros? Com toda certeza, não! Jorge é um exemplo a ser seguido, e não um ser a ser cultuado. O bravo soldado morreu justamente por não concordar com os procedimentos de religiões erradas e de crenças populares que pervertessem os valores do autêntico cristianismo. Foi um mártir porque, diante de alguém que desejava ser cultuado, não o fez. Negou todo um sistema temporal, declarando-se servo de um único Senhor, Jesus Cristo:

E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (1 João 5:20)


Rômulo Lima