“Eis
que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de
EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.” (Mateus 1:23)
Chegou à época em que o
ocidente se reúne para comemorar as festas. O culturalmente ilustre natal. Época
de luzes; de enfeites; presentes; confraternizações; e, amigos-ocultos. Data esta
em que celebramos (por convenção) o nascimento de Jesus Cristo. Mas será que,
somente neste período, é o único tempo em que devemos ter a noção em buscar o
conhecimento da pessoa de Jesus? Devemos nos conter somente no dia do nascimento
em uma única data específica do ano? Será que o “Jesus” apresentado pelo
secularismo popular é o verdadeiro Jesus?
O texto bíblico apresentado acima, nos remete
a uma profunda reflexão do caso. O evangelista Mateus retrocede em sua
explanação, nos levando a palavra do profeta Isaías que diz:
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem
conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” (Isaías 7:14)
Inicialmente essas palavras
foram proferidas para o rei de Israel, Acaz. Porém, seu significado estende-se a
pessoa do Messias. O rei eterno e libertador que o povo de Israel tanto esperava.
Aquele que unificaria os reinos de Judá e Samaria; que governaria e reinaria
sobre um Israel glorioso dos tempos de Davi e Salomão. Este rei – O Senhor
Jesus – veio. Numa manjedoura. Como uma pessoa comum e aparentemente mortal.
Esse menino é muito
mais que uma simples criança. O criador do Universo e de todas as coisas fez-se
carne e habitou entre nós. Jesus é o Deus que devemos cultuar, honrar e louvar
todos os dias de nossas vidas. Não somente em uma data específica. João dá
testemunho de sua existência sempiterna quando nos declara:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus.” (João 1:1)
No evangelismo moderno e na cultura popular, Jesus
é visto como um avatar do amor; um curandeiro; um sábio mestre; ou, até mesmo
um exemplo a ser seguido pelas várias religiões universais. Mas... ELE é muito
mais que isso: ELE É O DEUS ETERNO! Seu nascimento, morte e ressurreição possuem
um significado primordial na história da salvação. O Senhor veio para nos
resgatar da maldição do pecado herdado;
da morte eterna; e da ira de Deus. Ira porque Deus odeia o pecado, e
este é digno de morte. Daí o sentido do nascimento e morte do Senhor: é uma
vida que substituiu a nossa, por ser perfeita, sem pecados e inocente
(diferente de nós).
Quando nos remetemos ao Natal, saibamos que, o
Senhor Jesus realizou toda essa obra misteriosa para aqueles que creem na sua
pessoa, e os recebem como Senhor e Salvador.
Não atentemos para o popularismo dos presentes, ceias, do bom velhinho,
e do espírito do Natal. O Espírito do natal, na verdade, é o Espírito Santo de
Deus, que por sua vez, encheu o ventre da virgem Maria, proporcionando com isso
o milagre da natividade sem concepção natural.
“E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um
anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua
mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo...” (Mateus 1:20)
Jesus Cristo foi gerado
pelo Espírito Santo no ventre da virgem. Da mesma forma ele deve ser gerado em nossos
corações todos os dias. Paulo, um homem de extrema sensibilidade espiritual,
percebeu isso quando declarou:
“Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o
nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.” (2 Coríntios 4:16)
Eis o sentido do Natal:
Cristo ser gerado em nossos corações. Embora as confraternizações e celebrações
sejam uma oportunidade para reunirmos parentes e amigos, contudo elas não
refletem a plenitude do Espírito Natalino. Quando formos nos reunir no dia de hoje
para celebramos, peçamos ao Deus Pai que nos encha de sabedoria e animo com seu
Espírito Santo, e assim busquemos o Senhor do Natal. O Cristo Deus que se fez
homem pelos pecadores, e resgatou-nos das trevas para sua maravilhosa luz.
Feliz Natal a Todos
Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia
e Apologética Apicada)