sábado, 24 de dezembro de 2016

O SENHOR JESUS E O NATAL


“Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.” (Mateus 1:23)

Chegou à época em que o ocidente se reúne para comemorar as festas. O culturalmente ilustre natal. Época de luzes; de enfeites; presentes; confraternizações; e, amigos-ocultos. Data esta em que celebramos (por convenção) o nascimento de Jesus Cristo. Mas será que, somente neste período, é o único tempo em que devemos ter a noção em buscar o conhecimento da pessoa de Jesus? Devemos nos conter somente no dia do nascimento em uma única data específica do ano? Será que o “Jesus” apresentado pelo secularismo popular é o verdadeiro Jesus?

 O texto bíblico apresentado acima, nos remete a uma profunda reflexão do caso. O evangelista Mateus retrocede em sua explanação, nos levando a palavra do profeta Isaías que diz:

“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.(Isaías 7:14)

Inicialmente essas palavras foram proferidas para o rei de Israel, Acaz. Porém, seu significado estende-se a pessoa do Messias. O rei eterno e libertador que o povo de Israel tanto esperava. Aquele que unificaria os reinos de Judá e Samaria; que governaria e reinaria sobre um Israel glorioso dos tempos de Davi e Salomão. Este rei – O Senhor Jesus – veio. Numa manjedoura. Como uma pessoa comum e aparentemente mortal.

Esse menino é muito mais que uma simples criança. O criador do Universo e de todas as coisas fez-se carne e habitou entre nós. Jesus é o Deus que devemos cultuar, honrar e louvar todos os dias de nossas vidas. Não somente em uma data específica. João dá testemunho de sua existência sempiterna quando nos declara:

 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.(João 1:1)

No evangelismo moderno e na cultura popular, Jesus é visto como um avatar do amor; um curandeiro; um sábio mestre; ou, até mesmo um exemplo a ser seguido pelas várias religiões universais. Mas... ELE é muito mais que isso: ELE É O DEUS ETERNO! Seu nascimento, morte e ressurreição possuem um significado primordial na história da salvação. O Senhor veio para nos resgatar da maldição do pecado herdado;  da morte eterna; e da ira de Deus. Ira porque Deus odeia o pecado, e este é digno de morte. Daí o sentido do nascimento e morte do Senhor: é uma vida que substituiu a nossa, por ser perfeita, sem pecados e inocente (diferente de nós).

Quando nos remetemos ao Natal, saibamos que, o Senhor Jesus realizou toda essa obra misteriosa para aqueles que creem na sua pessoa, e os recebem como Senhor e Salvador.  Não atentemos para o popularismo dos presentes, ceias, do bom velhinho, e do espírito do Natal. O Espírito do natal, na verdade, é o Espírito Santo de Deus, que por sua vez, encheu o ventre da virgem Maria, proporcionando com isso o milagre da natividade sem concepção natural.

“E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo... (Mateus 1:20)

Jesus Cristo foi gerado pelo Espírito Santo no ventre da virgem. Da mesma forma ele deve ser gerado em nossos corações todos os dias. Paulo, um homem de extrema sensibilidade espiritual, percebeu isso quando declarou:

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. (2 Coríntios 4:16)

Eis o sentido do Natal: Cristo ser gerado em nossos corações. Embora as confraternizações e celebrações sejam uma oportunidade para reunirmos parentes e amigos, contudo elas não refletem a plenitude do Espírito Natalino. Quando formos nos reunir no dia de hoje para celebramos, peçamos ao Deus Pai que nos encha de sabedoria e animo com seu Espírito Santo, e assim busquemos o Senhor do Natal. O Cristo Deus que se fez homem pelos pecadores, e resgatou-nos das trevas para sua maravilhosa luz.

Feliz Natal a Todos

Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Apicada)